Oil & Gas

Samsung e Hyundai se preparam para construir as duas plataformas offshore da Petrobras

Três consórcios, incluindo estaleiros asiáticos, estão se preparando para competir para construir as duas primeiras plataformas internas da Petrobras no Brasil em mais de sete anos, de acordo com quatro pessoas familiarizadas com a licitação que não quiseram se identificar porque a informação é privada.

Samsung Heavy Industries Co, Hyundai Heavy Industries Holding Co Ltd e Daewoo Heavy Industries & Machinery Ltd formaram consórcios separados que devem fazer ofertas após sete meses de preparações, disseram as fontes. As ofertas vencem na segunda-feira, 1º de fevereiro.

Samsung e Petrobras não quiseram comentar. Daewoo e Hyundai não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

A competição marca o retorno da Petrobras como mercado-chave para os estaleiros asiáticos.

Unidades de tamanhos semelhantes custaram cerca de US $ 1,7 bilhão cada para serem construídas, disse uma das fontes. A Petróleo Brasileiro SA, como é conhecida a estatal, está contratando unidades com capacidade para produzir 180 mil barris por dia e 7,2 metros cúbicos de gás, cada uma.

As plataformas são navios efetivamente enormes com equipamentos de perfuração em águas profundas que são vitais para a exploração de petróleo offshore. Eles são conhecidos como FPSOs, ou unidades flutuantes de armazenamento e transferência de produção.

O debate sobre onde a Petrobras deve construir suas próprias plataformas tem sido um tema central nas campanhas presidenciais nas últimas duas décadas no Brasil.

A construção do casco exige muita mão-de-obra, levando as administrações anteriores a criar regras de conteúdo doméstico. Essas medidas foram amenizadas após um escândalo de corrupção, embora a porcentagem exata do conteúdo local só seja conhecida quando um vencedor for selecionado.

A maior investigação de corrupção de todos os tempos no Brasil – conhecida como Carwash – expôs pagamentos de suborno de bilhões de dólares de fornecedores da Petrobras com o objetivo de garantir contratos, incluindo construção de plataformas no Brasil e na Ásia.

Enterrada em dívidas, a Petrobras passou mais de sete anos apenas locando suas plataformas, por meio de contratos de longo prazo que podem ser amortizados em 20 anos. A holandesa SBM Offshore NV e a japonesa Modec Inc dividiram os maiores contratos.

A Modec e a SBM foram pré-qualificadas para participar, mas desistiram da competição, preferindo o modelo de locação em que podem usar engenharia própria em vez da Petrobras, como a atual licitação.

 

 

 

Fonte: O Petróleo

Related Articles

Back to top button