Rússia retoma operação do gasoduto Nord Stream 1, que opera com 40% de sua capacidade total
Após dias de tensão, a Rússia reiniciou o envio de gás natural para a Europa por meio de seu gasoduto Nord Stream 1. A linha havia sido desligada no último dia 11 para trabalhos de manutenção anual, mas havia um certo receio de que o governo russo não retomasse a operação do gasoduto – como retaliação às sanções impostas ao Kremlin pelo Ocidente. A volta da operação de Nord Stream 1 traz um certo alívio, mas a Europa ainda não está totalmente segura quanto à continuidade do fornecimento de gás russo.
Mesmo antes da parada programada para manutenção, os fluxos de gás já haviam sido cortados para 40% pela Rússia, em junho. De acordo com o presidente da Agência Federal Alemã de Rede para Digitalização, Neutralidade Climática e Resiliência, Klaus Müller, o gasoduto continua fornecendo apenas 40% de sua capacidade. “Infelizmente, a incerteza política e o corte de 60% desde meados de junho permanecem”, disse hoje em uma postagem no Twitter.
O governo da Rússia alega que a redução para 40% do fluxo de gás na linha se deve ao atraso na manutenção de uma turbina que ficou barrada em Montreal, no Canadá, devido às sanções capitaneadas pelos Estados Unidos e pela União Europeia. O equipamento já foi despachado para a Rússia, mas ainda não chegou ao país.
Os dois dutos de 1.224 quilômetros que compõem o Nord Stream 1 vão de Vyborg, na Rússia, a Lubmin, perto de Greifswald, na Alemanha, através do Mar Báltico. A rota atravessa as Zonas Econômicas Exclusivas (ZEE) da Rússia, Finlândia, Suécia, Dinamarca e Alemanha, bem como as águas territoriais da Rússia, Dinamarca e Alemanha. O gasoduto têm capacidade para transportar um total combinado de 55 bilhões de metros cúbicos (bcm) de gás por ano para a União Europeia.
Fonte: Petro Notícias