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Rússia entra em confronto com compradores ocidentais de petróleo diante de sanções

As grandes empresas russas de energia estão pressionando os compradores ocidentais de petróleo a usar euros em vez de dólares para pagamentos e a introduzir cláusulas de multa em contratos, já que Moscou busca proteção contra possíveis novas sanções norte-americanas.

Sete fontes do setor disseram à Reuters que as principais companhias petrolíferas do Ocidente entraram em confronto com o terceiro e quarto maiores produtores russos, Gazprom Neft e Surgutneftegaz, sobre as condições do contrato de vendas de 2019 durante uma renegociação anual excepcional nas últimas semanas.

O desenvolvimento reflete um impasse semelhante entre os compradores ocidentais e o maior produtor de petróleo da Rússia, a Rosneft.

No início desta semana, fontes disseram à Reuters que a Rosneft quer que compradores ocidentais de petróleo paguem multas a partir de 2019 se eles deixarem de pagar pelos suprimentos caso as novas sanções norte-americanas atrapalhem as vendas.

Agora fontes disseram à Reuters que a Surgutneftegaz e a Gazprom Neft também entraram em conflito com seus compradores sobre multas e o uso de euros e outras moedas para substituir o dólar em contratos.

“Faz parte da mesma tendência —a indústria petrolífera russa está trabalhando para mitigar novos riscos de sanções. Os compradores, por sua vez, argumentam que não podem suportar esses riscos, então estamos tentando encontrar compromissos”, disse uma fonte de um comprador ocidental envolvida em negociações, pedindo para não ser identificado já que as conversas são confidenciais.

A Rússia está sob sanções dos EUA e da UE desde 2014, quando invadiu a península da Crimeia, na Ucrânia. As sanções têm sido repetidamente ampliadas para incluir novas empresas e setores, tornando difícil para as empresas petrolíferas russas tomar empréstimos no exterior, por exemplo.

A Gazprom Neft recusou-se a comentar. A Surgutneftegaz não respondeu imediatamente a um pedido da Reuters para comentar o assunto.

Fonte: Reuters

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