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Roubo de cargas cai 7% no Sudeste em 2022, mas região ainda lidera ocorrências no país

No ano passado, somente o estado de São Paulo concentrou 47,6% dos roubos, segundo relatório da nstech; cargas fracionadas e produtos alimentícios são apontados como o foco dos criminosos.

Baixa na taxa de roubo de cargas no Sudeste em 2022. Segundo a “Análise anual de roubo de cargas nstech”, o número de ocorrências na região registrou queda de 7% em relação a 2021. Os dados são referentes às operações monitoradas pela BRK, Buonny e Opentech, gerenciadoras de risco da plataforma nstech.

Apesar da queda, o Sudeste ainda é líder nesse tipo de crime: o relatório estimou que 75% dos roubos de cargas no Brasil são registrados em um dos quatro estados da região. Em relação aos estados, São Paulo concentrou 47,6% dos prejuízos por roubos – quase três vezes mais que o Rio de Janeiro (2º colocado), que registrou 18%.

No Nordeste, o número de ocorrências cresceu em 2022. Segundo o relatório, a região teve alta de 37% em relação ao ano anterior, com os estados da Bahia e Pernambuco registrando crescimento superior a 80% e 100% no roubo de cargas, respectivamente.

Em termos gerais, o relatório da nstech destacou que o foco dos criminosos está nas cargas fracionadas e nos produtos alimentícios. Outros segmentos considerados vulneráveis são agronegócio, bebidas, cigarros e eletroeletrônicos. Para conferir os dados na íntegra, basta acessar o site oficial da “Análise anual de roubo de cargas nstech”.

“Tendo em vista que acompanhamos os dados através dos nossos BI’s em tempo real, eu diria que não tivemos grandes surpresas. Houve a confirmação das tendências que viemos apontando nos relatórios trimestrais que disponibilizamos para o mercado ao longo de 2022”, pontuou o VP de Inteligência e Relacionamento de Mercado da nstech, Mauricio Ferreira.

Nesse sentido, o executivo reforçou a relevância da transformação de dados em inteligência preditiva. “Não existe um único setor da economia em que dados e informações não sejam cruciais para o negócio. O mercado de logística e seguros é extremamente carente no que concerne à informação de roubo de cargas. Então, ao disponibilizarmos esses dados, entendo que estamos auxiliando todo o ecossistema da logística e seguros do Brasil a atuar preventivamente, permitindo a redução do roubo de cargas.”

No caso das gerenciadoras de risco – cujos dados foram utilizados para a geração do relatório anual –, Ferreira declarou que houve uma média de 63,5% de sinistros evitados ou recuperados em 2022. “Na nstech, damos visibilidade estratégica em real time para as empresas de GR do nosso ecossistema. Temos comitês semanais de gestão e inteligência, nos quais analisamos de maneira detalhada esses dados. Realizamos benchmark e saímos com planos de ações claros e robustos para cada segmento específico, permitindo uma gestão realmente preditiva.”

De acordo com a NTC&Logística, estima-se que os prejuízos causados por roubo de cargas ultrapassem os R$ 2 bilhões por ano. Para este ano, a nstech desenvolverá ações e iniciativas com foco em segurança nas estradas. “Vamos engajar a iniciativa privada, entidades de classe e os órgãos públicos. Desta forma, acredito que, no que concerne à prevenção ao roubo de cargas, o relatório ajuda a direcionar e priorizar os locais de maior incidência, garantindo uma maior efetividade nas ações que serão realizadas”, enfatizou Mauricio Ferreira.

 

 

 

Fonte: Mundo Logística

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