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Presidente da Praticagem de SP arma que regra de afastamento não é viável

A regra que determina o afastamento de, pelo menos, dois metros entre práticos e tripulantes de navios estrangeiros é “inexequível”, segundo o presidente da Praticagem de São Paulo, Carlos Alberto de Souza Filho. De acordo com o profissional, o Conselho Nacional de Praticagem (Conapra) levará a questão à Comissão Nacional das Autoridades dos Portos (Conaportos). A regra visa evitar a propagação do coronavírus no País.

Essa norma, da Conaportos, também é estendida a servidores públicos e trabalhadores portuários. “Ficamos satisfeitos por termos sido, pela primeira vez, lembrados em uma norma contra o coronavírus. Mas, em termos práticos, o seu alcance é limitado. O papel aceita tudo, mas manter distância de comandantes e da tripulação é inexequível”, destacou Souza Filho.

Os práticos são os responsáveis por orientar os oficiais dos navios nas manobras de atracação e desatracação. Diariamente, eles vão a bordo das embarcações e utilizam áreas internas dos cargueiros, incluindo escadas, elevadores e outros equipamentos. Por este motivo, são os primeiros a terem contato com as tripulações estrangeiras.

“Nós vamos a bordo, muitas vezes subimos 10 andares em elevadores apertados ou optamos por escadas externas, molhadas, algumas cheias de óleo. Cada navio é de um jeito, mas os radares ficam ao lado do timoneiro, o comandante também fica próximo para ouvir e executar as nossas orientações. E nós, para acompanharmos o que está sendo feito”, explicou o presidente da Praticagem de São Paulo.

Vacinas

Souza Filho está tentando, junto às autoridades municipais, autorização para que os práticos e os marítimos da empresa sejam incluídos, junto com os portuários, na segunda etapa da vacinação contra o H1N1, programada para começar dia 16 de abril.

“Nós estamos inseridos nessa comunidade, embora oficialmente não sejamos considerados portuários. Como estamos diariamente trabalhando nas operações de entrada e saída de navios no Porto de Santos, e expostos aos riscos de conviver com passageiros e tripulantes que podem estar com a Covid-19, seria importante tomar a vacina o mais breve possível”, explicou o prático.

Fonte: A Tribuna

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