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Praticagem pede revisão em protocolo da Anvisa para o coronavírus

A Praticagem de São Paulo pediu uma revisão nas normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para garantir que navios procedentes da China, epicentro do coronavírus, sejam inspecionados em área de fundeio destinada à quarentena, na Barra de Santos.

A previsão é do presidente da Praticagem, Carlos Alberto de Souza Filho. Segundo o prático, que pode ser o responsável pela manobra do cargueiro, a categoria teme contaminações por ser a primeira a ter contato com a tripulação chinesa no Brasil.

Foram enviados questionamentos à autoridade sanitária, que respondeu apontando a inexistência de riscos de contaminação. “Somos pessoas, cidadãos, temos família e podemos ser vetores de doenças”.

De acordo com Souza Filho, o Regulamento Sanitário Internacional prevê que a Livre Prática, expedida pela autoridade sanitária, autorize a atracação e não apenas as operações no Porto. Ele aponta que isto acontece por conta de uma falha na tradução do documento.

O presidente da Praticagem ainda destaca que a Norman 8, da Marinha do Brasil, aponta a Livre Prática como um documento necessário para a atracação no porto. “A China é a maior parceira comercial do Brasil. Daqui a pouco, quando começar a safra, nós vamos receber centenas de navios para carregar soja, milho, feijão. E também os grandes porta-contêineres. Esse primeiro navio nos dá oportunidade de questionar isso”, destacou Souza Filho.

“Nós não temos a chance de evitar esses locais porque entramos, subimos, vamos no passadiço e respiramos o ar que sai do sistema de ar-condicionado central”, armou o presidente da Praticagem de São Paulo.

A entidade garante que fará as manobras de navios com procedência chinesa no Porto de Santos. Mas os práticos usarão equipamentos de proteção individual, que incluem roupas adequadas, máscaras, luvas e óculos de proteção. “Fizemos testes de mobilidade e o uso dessas roupas pode aumentar o risco no embarque e no desembarque por limitar a liberdade de movimento”.

Fonte: A Tribuna

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