Portos do Paraná monitoram a água, sedimentos e biota aquática
A equipe de meio ambiente dos Portos do Paraná foi a campo para mais uma campanha de monitoramento trimestral. Foi feita coleta de dados simultânea para três programas ambientais: da qualidade das águas, do sedimento e da biota aquática (plâncton e bentos). Os pontos monitorados estão tanto na baía de Paranaguá, quanto em Antonina e em área externa, fora do canal. As amostras coletadas de água e sedimentos agora seguem para análise.
A bióloga Juliana Lopes Vendrami explica que, quanto à qualidade da água, foram analisados no local alguns parâmetros físicos como temperatura, turbidez, pH e oxigênio. Em laboratório, serão feitas análises de parâmetros químicos, como preconiza a Resolução Conama número 357/2005.
Para os sedimentos, ainda segundo a analista, em laboratório também serão analisados os parâmetros químicos (como preconizado pela Resolução Conama número 454/2012). E para a biota, as amostras foram para especialistas que identificarão as espécies e sua densidade e abundância.
São 32 pontos de análise da água, outros 23 de coleta de sedimentos; e 16 da biota aquática. Esta é a 22ª Campanha do Programa de Monitoramento da Qualidade de Água e a 21 dos programas de Monitoramento da Qualidade dos Sedimentos e da Biota Aquática. O monitoramento é trimestral e acontece desde o final de 2013.
REFERÊNCIA – O diretor de Meio Ambiente, João Paulo Ribeiro Santana, destaca que os portos do Paraná são referência em desenvolvimento ambiental. No total, a Diretoria de Meio Ambiente dos portos do Paraná tem 17 Programas Ambientais, incluindo Comunicação e Educação Ambiental.
“Acreditamos que é possível crescer em negócios, com sustentabilidade. É preciso seguir um caminho de equilíbrio, que traga o desenvolvimento econômico, mas também observe os anseios ambientais e sociais”, afirma ele.
A equipe responsável por esse trabalho é multidisciplinar. Nas atividades estão envolvidos biólogos, oceanógrafos, agroecólogos, engenheiros agrônomos e técnicos ambientais. A bióloga Angeline Saucsen explica que, nesses monitoramentos, além da qualidade dos sedimentos e da água, estão sendo analisados dois grupos específicos da Biota Aquática.
O grupo de bentos de fundo inconsolidado, organismos que vivem associados ao sedimento (areia ou lama), e o plâncton, organismos que vivem na coluna d’água (fitoplâncton e zooplâncton). “Neste monitoramento, acompanhamos quais espécies estão por aqui, para tentar entender essa presença e como são afetados pelas atividades portuárias e urbanas”, explica.
Da biota aquática, além dessas campanhas trimestrais, existem monitoramentos mensais de golfinhos e tartarugas (cetáceos e quelônios), e aves. Além disso, a diretoria de Meio Ambiente também possui o programa de monitoramento da atividade pesqueira no entorno dos portos diariamente.
QUALIDADE – Além das atividades portuárias, o meio ambiente da região é influenciado pela própria cidade, pela descarga de drenagem de rios, pelo escoamento de minerais da Serra do Mar, além de outros fatores, como explicam os especialistas.
“As coletas de hoje ainda serão analisadas. Porém, com base no que estamos verificando ao longo das campanhas, podemos afirmar que a água da baía apresenta uma boa qualidade, de uma maneira geral. Não temos encontrado resultados de contaminações recorrentes”, afirma o oceanógrafo Marcelo Müller.
Fonte: APPA