Porto de Santos amplia malha ferroviária
Obras para a construção da 3ª linha férrea na região do Valongo, entre os armazéns 1 a 12, na Margem Direita, já começaram. O Porto de Santos começou a ampliar sua malha ferroviária na região do Valongo, com a instalação de uma 3ª linha na região. As obras, iniciadas no mês passado, ocorrem nas proximidades dos armazéns 1 a 12, entre os bairros Valongo e Paquetá, na Margem Direita do complexo.
Segundo a Portofer, responsável pela obra, as intervenções vão otimizar a entrada e saída dos trens no complexo portuário e ampliar sua capacidade de movimentar cargas férreas.
“É uma obra estruturante que vai otimizar a eficiência do fluxo, colaborando para que o Porto receba maiores volumes pelo modal ferroviário”, informou a empresa em nota.
De acordo com a Portofer, as intervenções fazem parte de um projeto de remodelação das linhas férreas que atendem o corredor de exportação das áreas do Macuco e da Ponta da Praia. O projeto, iniciado em maio do ano passado, tem previsão de conclusão até junho.
De saída?
A malha ferroviária interna do Porto, de responsabilidade da Portofer, tem capacidade para atender 50 milhões de toneladas anuais – volume que logo será insuficiente diante dos investimentos previstos pelo Governo Federal e, ainda, da pretensão das operadoras ferroviárias de movimentar, entre o cais santista e o interior do País, quase 100 milhões de toneladas anuais.
Por conta disso, o Ministério da Infraestrutura e a APS já demonstraram a intenção em rescindir o contrato com a empresa, que tem validade até 2025.
No final do ano passado, foi aberta uma consulta pública que visa firmar um novo contrato para a exploração da malha interna, garantindo R$ 2 bilhões em investimentos. A intenção é que a concessão seja repassada a uma sociedade depPropósito específico (SPE) para a gestão, operação, manutenção e expansão Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips).
Uma possibilidade é que a SPE seja formada pelas operadoras ferroviárias que atendem o cais santista, a MRS (que já demonstrou interesse) e a Rumo Logística (que, assim como a Portofer, faz parte do Grupo Cosan).
Questionada sobre a continuação das obras, se os trabalhos serão impactados devido à abertura de consulta pública e à possibilidade de rescisão, a Portofer informou que “demais investimentos serão tratados no novo modelo de gestão da Fips, que se encontra em fase de audiência pública, sob coordenação da APS”.
E acrescentou: “Todos os investimentos em questão são de extrema importância operacional para o Porto de Santos e os terminais, devendo ser equacionados em qualquer formato de contrato”.
Audiência pública
A APS informou que as obras e os investimentos serão tema de discussão na audiência pública sobre Fips, que será realizada na quarta-feira (10).
Fonte: A Tribuna