Porto de Leixões: tecnologia e desenvolvimento
A visita da comitiva da CODESA ao Porto de Leixões, Portugal, teve início. O presidente do Porto de Vitória, Julio Castiglioni, o diretor de Planejamento e desenvolvimento Bruno Fardin, e a coordenadora Comercial e de Marketing, Raquel Guimarães, iniciaram a agenda com reunião com a diretora comercial, marketing e comunicação, Helena Gomes Fernandes, que abordou sobre o complexo administrado pela Autoridade Portuária, que inclui o Porto de Leixões, Porto de Viana do Castelo e Porto do Douro. Foram feitas, ainda, explanações sobre a gestão administrativa do porto, recursos humanos, modelos de contratações, além do foco da gestão no funcionamento do processo de concessões.
No Porto de Leixões, cujo modelo de gestão é o landlord clássico, a maioria dos terminais são concedidos à iniciativa privada, tendo apenas um berço público, segundo informou o técnico da área comercial, Francisco Saraiva. O porto, cuja movimentação no ano passado foi de 19 milhões de toneladas, tem terminais especializados para contêineres, carga geral, cereais, berços multipropósito e granéis líquidos. A gestão tarifária é similar à brasileira, cuja proposta é anualmente apresentada à agencia reguladora. Novos projetos de terminais estão sendo licitados (“concurso público”, como é denominado na língua materna), e a modelagem econômica e comercial está sendo finalizada.
Tecnologia
Com relação à tecnologia, chamou a atenção o aplicativo desenvolvido por Leixões para monitoramento do tráfego naval em complemento às portarias inteligentes – sistema aplicado no porto local. Este sistema é conhecido como APDL rodovia, e fornece diversas informações aos caminhoneiros e demais clientes que acessam as portarias do porto.
O belo terminal de cruzeiros tem espaço para a recepção de turistas das 100 embarcações anuais que atracam em Leixões. Para 2020 a projeção é de 160 navios. O espaço ainda pode abrigar eventos diversos, exposições e possui um Centro de Pesquisas Marinhas da Universidade do Porto, fomentando o relacionamento entre o porto e a academia, conforme explicou a coordenadora de cruzeiros de Leixões, Marta Sá Lemos.
Após a apresentação, a comitiva capixaba foi conhecer o Centro de Controle e Vigilância (VTS) do Porto de Leixões que, de modo similar ao da CODESA, monitora e controla o tráfego marítimo. O monitoramento em tempo real de atracações é baseado em AIS (sistema de comunicação – transponder). A empresa Indra, que desenvolveu o VTMIS da CODESA, fornece algumas tecnologias existentes no Porto de Leixões. Vale ressaltar a relação próxima da equipe de faturamento com a equipe operacional do VTS que, também, realiza a programação de navios, estando estas três equipes juntas fisicamente.
Também foi visitada a área operacional, que inclui o TCGL (Terminal de Carga Geral de Leixões), o TCL (Terminal de Conteineres de Leixões) e o Silo (cereais). A agenda encerrou-se com a observação do funcionamento das portarias inteligentes, que integram o processo da Janela Única Portuária de Leixões.
Fonte: CODESA