Petróleo fecha em alta, com redução de estoques nos EUA e perspectiva de retomada
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta hoje, mantendo os preços no maior patamar desde março, com a redução nos estoques nos EUA ao mesmo tempo em que segue a perspectiva de retomada da demanda com o início da vacinação contra a covid-19 e a expectativa por mais estímulos fiscais nos EUA.
O contrato do WTI para janeiro encerrou com ganho de 0,42%, a US$ 47,82 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para fevereiro avançou 0,63%, a US$ 51,08 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os preços chegaram a cair no começo da sessão, mas após a divulgação de dados do Departamento de Energia (DoE) dos EUA, o fôlego voltou ao mercado. Os estoques de petróleo nos EUA caíram 3,135 milhões de barris na semana passada, mais que o previsto por analistas.
O líder do Partido Republicano no Senado, Mitch McConnell, afirmou nesta quarta-feira que houve um “bom progresso” nas negociações do pacote fiscal em Washington. A movimentação estimula ativos de risco, como commodities e o mercado de ações. Há a possibilidade do acordo ocorrer ainda hoje.
Impulsionando as perspectivas de recuperação econômica, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro subiu de 45,3 em novembro para 49,8 em dezembro, ante previsão de avanço a 45,7.
O movimento altista, no entendo pode não se sustentar por muito tempo. Projetando o ano que vem, há sinais de excesso de oferta, segundo a avaliação feita pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), que cortou ontem sua projeção de demanda para 2021
“Supondo que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) aumente seu suprimento de petróleo em 500 mil barris por dia todos os meses de janeiro a abril, o mercado de petróleo estaria mais ou menos equilibrado no primeiro semestre, e no segundo trimestre teria até um pequeno excedente de suprimento”, diz o Commerzbank em relatório.
Fonte: Estadão Conteúdo