Petrobras investe no Porto de Imbetiba com expectativa de alcançar 150 atracações/mês pós-pandemia
A Petrobras investirá R$ 24 milhões no porto de Imbetiba, em Macaé, entre 2021 e 2022. A instalação receberá modernização e atualização da infraestrutura.
A expectativa é de que com a retomada do fluxo nas operações pós-pandemia as atracações cheguem a 150/mês. Atualmenta, são em torno de 115.
Projetos
A fim de atender aos projetos submarinos, o porto passa a utilizar três guindastes de grande porte — um com capacidade de movimentar 120 toneladas em um raio de 25 metros e dois que movimentam 30 toneladas em um raio de 35 metros. Todos estes guindastes possuem cabine elevada — o que garante mais segurança nas operações, especialmente, para os profissionais envolvidos.
José Alves, gerente de Operações Portuárias de Macaé, ressalta a relevância da atividade para a Petrobras: “A ancoragem, segmento da área submarina, é responsável pela instalação e manutenção de unidades de produção, bem como ancoragem de sondas de perfuração utilizando e movimentando materiais e equipamentos com grandes dimensões e elevado peso”. Ele cita dois projetos ligados ao pré-sal. “Tivemos a conclusão do posicionamento do FPSO Carioca em sua locação definitiva e que deve iniciar a produção no campo de Sépia nos próximos meses. Atualmente, estamos entrando na segunda fase da ancoragem do Teste de Longa Duração no campo de Mero. Essa atividade tem por objetivo realizar a instalação de oito linhas de ancoragem, que é responsável por manter a unidade de produção no ponto estabelecido.”
Outro investimento é a ampliação da retroárea de 16 para 24 mil m², o que representa um acréscimo de 50%. Comparativamente, com a futura extensão, caberiam estacionados 235 ônibus de transporte coletivo. Esse espaço suplementar à área de armazenagem pode ser utilizado, por exemplo, para desembaraço aduaneiro e para construção e montagem de materiais de grande porte que não podem ser transportados por meio rodoviário.
Otimização
A expectativa do aumento do volume de até 150 atracações por mês no Porto de Imbetiba está ligada, em grande parte, à ampliação da janela de atracação, modelo em vigor desde abril desse ano. Passou a ser possível que as AHTS 21000 — embarcações de elevada potência que atuam como rebocador, manuseio de âncoras e transporte de suprimentos — façam atracações e desatracações sem necessidade de aguardar a maré alta.
Com esta mudança, o ganho obtido está na redução tempo de espera das embarcações, que, devido a alguma condição ambiental, por vezes, ficavam 12 horas paradas, aguardando uma nova oportunidade de atracação. Uma embarcação, mesmo parada, mantém custos de afretamento. Além disso, poderia gerar atrasos nas operações de instalação e manutenção de linhas de ancoragem. Em conjunto, esses fatores poderiam impactar algumas atividades de produção.
O processo de homologação do porto para atuação com embarcações do tipo AHTS 21000 com calados de oito metros está sendo realizado junto à Marinha, que avaliou serem as condições dos canais favoráveis a uma flexibilização.
A fim de melhorar ainda mais essas condições, estão previstas a sinalização dos canais de acesso, bem como realizar, no ano de 2023, a dragagem de manutenção e aprofundamento dos canais e da área de manobra das embarcações (bacia de evolução) e píeres. Com estas ações ficam mais fáceis as manobras de entrada e saída de embarcações, além de aumentar a segurança operacional.
As atividades realizadas no Porto de Imbetiba são: atracação, desatracação, carregamento e descarregamento de embarcações, bem como seu abastecimento de água e diesel; atividades de troca de turma (tripulantes das embarcações), além de armazenamento, construção e montagem de materiais de grande porte.
Fonte: Portos e Navios