Ainda não foi desta vez. A Petrobrás e a Novonor decidiram cancelar, pelo menos por ora, a oferta de distribuição secundária de ações da Braskem. A decisão se deve à instabilidade das condições do mercado de capitais. Quando a oferta foi anunciada, as ações da Braskem estavam sendo negociadas a R$ 52,02. Com esse patamar, os controladores da petroquímica levantariam mais de R$ 8 bilhões. Acontece que, de lá para cá, os preços dos papéis caíram cerca de 12%, girando em torno de R$ 45,80 no fechamento de ontem (27).
Segundo informações que circulam no mercado, a demanda pelas ações não atendeu às expectativas da Petrobrás e da Novonor. Assim, isso obrigaria as duas controladoras a venderem os papéis por cerca de R$ 40, o que representaria um desconto de 14% frente ao valor de fechamento de quinta-feira.
Esse patamar de preços seria insustentável para os interesses das duas empresas, já que equivaleria a uma perda de quase R$ 1 bilhão no negócio. A Novonor, que está em recuperação judicial, precisa levantar recursos para cumprir seus compromissos com credores. Já a Petrobrás está desfazendo-se de ativos que não estejam dentro do seu foco de negócios, que é a exploração e produção de óleo e gás.
Em comunicado divulgado na manhã de hoje, a Petrobrás diz que “permanece em vigor o Term Sheet celebrado com a Novonor, conforme comunicado em 16/12/2021, o qual estabelece compromisso de ambas as empresas realizarem a venda de suas respectivas participações societárias na Braskem, além de estabelecer diretrizes com o objetivo de migração da Braskem para o Novo Mercado”. A estatal ratificou ainda o “seu interesse na execução dos compromissos estabelecidos no Term Sheet, com a maior brevidade possível e na medida em que as condições de mercado se mostrem favoráveis”.
Fonte: Petro Notícias
