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Pequenos produtores de Jarinu estão animados com exportação

O agricultor Jorge Rodrigues de Oliveira, de Jarinu (SP), aposta na diversificação de culturas para garantir renda o ano todo. Ele planta ponkan, pêssego, uva e atemoia, fruta híbrida com características da cherimoia e da fruta-do-conde.

Jorge tem 500 pés de atemóia e colhe durante a safra de 200 a 300 frutas por planta. O cultivo começou há pouco tempo e vem dando bons resultados.

O agricultor sempre vendeu a produção para mercados da região e para a Ceagesp da capital. Mas, desde o final do ano passado, tem sentido o gosto de exportar. Ele diz que o preço lá fora equivale ao dobro do que consegue no mercado interno. No caso da fruta vendida na região, o lucro é de R$2,00/kg. No mercado externo, o ganho é de R$4,00/kg.

No futuro, Jorge pretende aumentar a produção e destinar mais frutas ao exterior, sem deixar de atender os clientes nacionais.

A venda para outros países é uma aposta recente dos pequenos produtores rurais do município. Há dois anos, ninguém exportava. A novidade tem sido bem recebida e o número de produtores interessados está crescendo.

No ano passado, os produtores de Jarinu exportaram juntos cerca de 220 toneladas. Para este ano, a expectativa é aumentar para 400 toneladas.

O agricultor Rodrigo Parise conta que as mercadorias costumam chegar até mais rápido a consumidores de outros países. A remessa de caqui leva menos 48 horas para ser entregue em Toronto, no Canadá, bem mais rápido do que as cargas para alguns pontos do Brasil.

Rodrigo começou a exportar sozinho e, aos poucos foi atraindo o interesse de outros agricultores. Ele diz que tem custos adicionais com frete aéreo, embalagens e paletes, o que encarece o valor final do produto. Em contrapartida, consegue um retorno até 4 vezes maior.

Outra vantagem é que a exportação ajuda a regular o mercado interno. Com menos frutas para abastecer o mercado nacional, os preços ficam mais interessantes para quem vende, tanto no Brasil, quanto no exterior. É a velha lei de oferta e procura.

A goiaba que Sérgio Ferrara produz vai para Madrid, na Espanha. O envio de frutas é pequeno ainda, mas ele espera que seja o primeiro de muitos carregamentos.

Produtores de outros lugares começaram a ser juntar ao grupo. João Artur Júnior veio com o caminhão cheio de atemóia de Três Corações (MG), a 260 quilômetros de Jarinu. Ele começou a exportar este ano e já destina 40% da produção para esse mercado.

O monitor do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) do núcleo de Sorocaba, Ângelo Agulha, diz que há um potencial grande para exportar. Ele lembra que os produtores precisam se informar sobre os procedimentos, pesquisar os mercados, buscar apoio e se associem a outros agricultores para que formem um volume que atenda às necessidades da exportação.

Fonte: G1

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