Turquia é um atraente destino para exportação de feijão, gergelim e outras leguminosas, aponta estudo da Apex-Brasil
Um estudo produzido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) aponta oportunidades de exportação para a Turquia por empresas brasileiras que produzem feijão e leguminosas secas. A demanda é crescente e, por isso, esse é o setor com maior potencial de exportação.
A Turquia importou mais de US$ 850 milhões em 2020, sendo que a lentilha representou cerca de 40% do total. A tendência por estilos de vida mais saudáveis pode ter influenciado o aumento da demanda por pulses orgânicos, desencadeando um maior número de fabricantes desses produtos no setor.
“A distância geográfica não é um empecilho para as empresas brasileiras entrarem no mercado turco. É esperado que o Brasil se torne um fornecedor com maior presença na Turquia dadas as oportunidades e cenário favorável”, aponta Carla Carvalho, analista de Inteligência da Apex-Brasil.Entre as oportunidades para empresas brasileiras na Turquia, o gergelim e o feijão-fradinho são as mais relevantes. Atualmente, a Turquia é considerada um grande produtor de feijão, mas não de gergelim.
A boa notícia para o exportador é que os produtos têm relevância e procura no mercado. O gergelim, por exemplo, é um ingrediente utilizado principalmente pelas indústrias locais para a produção de alimentos tradicionais como tahine e halva, que também são exportados para outros países do Oriente Médio e regiões árabes. Ao todo, o último registro de mercado revela que o Brasil exportou US$ 25,6 milhões do ingrediente para Vietnã, Guatemala e Turquia.
O Brasil é o 11º maior fornecedor de gergelim para a Turquia. Um dos fatores que favorece a comercialização é o preço baixo, considerado o menor entre os 11 principais fornecedores da região.
Em relação ao feijão-fradinho, as importações chegaram a US$ 110 milhões em 2020. O principal concorrente do Brasil com relação a esse produto é a Argentina. A demanda por feijão-fradinho cresceu fortemente nos últimos quatro anos, apesar de o consumo ser predominantemente de feijão branco, que é produzido localmente. A busca dos consumidores por alternativas saudáveis impulsionou a inclusão, na categoria de feijão, dos grãos coloridos, que são na maioria produtos importados. Dessa forma, o crescimento da demanda de feijão-fradinho foi de US$47 milhões em 2017 para US$110 milhões em 2020. De acordo com o estudo, os estados brasileiros que mais exportam esses produtos são Mato Grosso, Paraná, Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.