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Os baixos preços do petróleo não descarrilaram o boom offshore do Brasil

A atividade no patch de energia do Brasil continua crescendo cada vez mais. Durante janeiro de 2020, a maior economia da América Latina viu sua importante indústria de petróleo atingir um novo marco, bombeando em média um recorde de 3,168 milhões de barris de petróleo por dia. A pandemia de COVID-19 e o colapso do preço do petróleo em março de 2020 fizeram pouco para desacelerar o boom do petróleo em curso na maior economia da América Latina.

A Petrobras, empresa nacional de petróleo do Brasil, em março de 2020, cortou os gastos anuais planejados em 29% e fechou suas plataformas em águas rasas em resposta à pandemia e ao colapso do preço do petróleo. Isso fez pouco para impedir o crescimento da produção. A produção comercial de petróleo da Petrobras no segundo trimestre de 2020 cresceu 4,1% ano a ano, para quase 2,5 milhões de barris diários. Isso foi impulsionado principalmente pela expansão significativa da presença da petrolífera nacional nos campos do pré-sal, onde a produção cresceu quase 31% para 1,5 milhão de barris diários.

Há sinais de que mesmo o impacto contínuo da pandemia de COVID-19, a demanda de petróleo mais fraca e os preços mais fracos não irão deter o crescimento da produção de petróleo da Petrobras. A Petrobras está em processo de intensificação das atividades em suas operações offshore, notadamente nos prolíficos campos do pré-sal, à medida que a ameaça de pandemia diminui. A companhia nacional de petróleo do Brasil planeja reiniciar a conexão de novos poços, realizando manutenção e comissionando novas operações neste mês. Isso dará à produção de hidrocarbonetos da companhia nacional de petróleo e do Brasil um aumento sólido.

As medidas tomadas para conter a propagação da pandemia COVID-19 por meio da suspensão de operações não essenciais bem como o fechamento da produção não econômica de petróleo devido à queda dos preços tiveram pouco impacto sobre a produção de hidrocarbonetos do Brasil. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que a produção brasileira de petróleo e gás natural em agosto de 2020 foi em média pouco mais de 3,9 milhões de barris de óleo equivalente por dia, quase 1% maior do que julho e 2,6% maior do que no mesmo período do ano anterior.

São as Bacias de Santos e Campos as responsáveis ​​pela produção da maior parte do petróleo e do gás natural do Brasil, bombeando 68% e quase 26%, respectivamente, da produção de hidrocarbonetos de julho. A Petrobras é o principal produtor, bombeando quase 95% da produção total de petróleo do Brasil em agosto.

A produção do Brasil em agosto de 2020, de acordo com a consultoria da indústria IHS Markit, permaneceu forte conforme indicado pelos volumes de exportação diminuindo apenas marginalmente em comparação com o mês anterior. Na verdade, as exportações de petróleo cresceram significativamente desde o início de 2020, sendo a China um mercado-chave para o petróleo brasileiro. O colapso do preço do petróleo em março de 2020 viu as importações de petróleo chinesas se expandirem, apesar da diminuição da demanda, enquanto Pequim aproveitava a oportunidade de aproveitar os preços mais baixos para preencher as reservas estratégicas de petróleo. Esse tem sido um importante impulsionador da atividade nos campos de petróleo offshore do Brasil.

Fonte: O Petróleo

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