Operadores do cais público defendem espaço no novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento
Sindicatos que representam trabalhadores portuários pediram alterações na proposta do novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Santos. A categoria defende que a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária, disponibilize berços de atracação para 13 operadores de cais público e, ainda, realize uma audiência pública para discutir a medida com a comunidade.
De acordo com a Autoridade Portuária, o Plano prevê compatibilizar as atividades portuárias com as políticas e diretrizes nacionais e regionais de desenvolvimento social, econômico, ambiental e urbano, com a garantia de eciência às operações portuárias. A estatal informou que, desde o último dia 28, vem se reunindo com sindicatos, entidades empresariais, autoridades e representantes da sociedade civil para obter contribuições ao PDZ.
Hoje, cinco berços de atracação do Porto são públicos. Eles são utilizados, principalmente, por pequenos importadores e exportadores. A movimentação média dos 13 operadores que atuam nesses pontos soma 4 mil toneladas ao ano. Um dos operadores portuários que podem ser afetados pelas mudanças propostas no PDZ, Francisco Amorim do Carmo, sócio-proprietário da Sanport, acredita que haverá impacto, principalmente, entre os trabalhadores portuários avulsos (TPA).
“Quem mais emprega são os operadores de cais público, requisitando do Ogmo (Órgão Gestor de Mão de Obra). O que nós pedimos é a disponibilização de, pelo menos, três berços e uma audiência pública para discutir a medida com a cidade e os trabalhadores de todos os segmentos da sociedade”, afirmou o operador.
A mesma opinião tem o gerente operacional da Alphamar Port Service, José Antonio Leal. Segundo ele, os prejuízos afetarão o agronegócio, tendo em vista o grande volume de fertilizantes movimentado por pequenos importadores e exportadores. “Nós temos concorrência no cais público. O importante é ter espaço para operar. Quem tiver melhor preço e condição, garante carga”, afirmou.
Fonte: A Tribuna