Ocyan cria diretoria de inovação e mira soluções de menor impacto ambiental na exploração de petróleo
A Ocyan, prestadora de serviços para o setor de óleo e gás do Grupo Novonor (antiga Odebrecht), acaba de criar uma diretoria de Inovação e Novos Negócios para pensar o futuro da companhia, em um momento em que as transformações provocadas pela pandemia têm desafiado o setor a ser mais sustentável e intensivo em soluções digitais.
A nova diretoria vai responder diretamente ao CEO Roberto Bischoff e terá como missão pensar em novas frentes de negócios que tragam mais eficiência e ajudem a reduzir o impacto ambiental na exploração de petróleo, além de levar a cultura de inovação para todas as áreas da empresa.
A diretoria será comandada por Rodrigo Lemos, que era diretor de Produção Offshore da companhia e liderava o programa de relacionamento com start-ups da Ocyan, o Waves Challenge.
Mas se no Waves Challenge a empresa lançava desafios para encontrar fornecedores para soluções específicas — em dois anos, foram 12 desafios, com a participação de 230 start-ups e 8 fornecedores selecionados — agora o desafio será construir um relacionamento mais profundo e duradouro com as start-ups, seja por meio de joint ventures ou até mesmo uma participação societária.
A nova diretoria também vai ajudar a desenvolver soluções que ajudem a empresa a implementar seus próprios compromissos de longo prazo de redução de impacto ambiental — que devem ser anunciados ao longo do ano. E fará a interface com centros de pesquisa e desenvolvimento das grandes empresas de petróleo que também têm buscado inovações de impacto ambiental.
— As grandes empresas de petróleo, começando pelas europeias, estão cada vez mais preocupadas com o ambiente. E isso demanda investimentos para desenvolver soluções que reduzam o impacto ambiental das operações e gera também novas oportunidades — diz Bischoff.
Como resultado de inovações recentes e da digitalização de uma série de procedimentos que se intensificou com a pandemia, a Ocyan registrou em 2020 recordes de eficiência operacional: obteve sua melhor performance de segurança, com uma taxa de acidente de 0,38 por milhão de homem hora trabalhada. E vai receber um bônus de 3% na remuneração das sondas de perfuração alugadas devido à economia de performance.
A pandemia acelerou a implementação de novas tecnologias, como o uso de realidade aumentada e inteligência artificial para fazer monitoramento remoto, interpretar imagens para prevenir risco de queda de objetos e falhas em equipamentos.
— Soluções que estavam sendo testadas passaram a ser usadas em larga escala — diz Bischoff.
Dentre os planos para 2021, estão previstos ainda investimentos de US$ 100 milhões na atualização da frota de perfuração.
Fonte: O Globo