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Obra de ponte no Rio Paraguai só deve ter início no ano que vem

Construção da ponte sobre o Rio Paraguai, ligando as cidades de Porto Murtinho e Carmelo Peralta, no país vizinho, e que abre caminho para Rota Bioceânica, já foi aprovada pela diretoria da Hidrelétrica de Itaipu Binacional, que se comprometeu a custear a obra. Agora, segundo informações do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), o assunto será debatido pelo conselho da hidrelétrica, que também precisa aprovar a medida. Ontem, as discussões já tiveram início.

Marun adiantou ainda que a obra não deve começar neste ano, e que o investimento total será de US$ 70 milhões (cerca de R$ 267,55 milhões). Além da ponte sobre o Rio Paraguai, Itaipu também deve bancar a construção de uma ponte no Paraná (Foz do Iguaçu-Presidente Franco), que já está em estágio mais avançado. “A obra de Foz deve iniciar ainda em 2018, porque já está licitada, pronta para ser iniciada, só falta [liberar] o recurso”, afirmou o ministro.

Os dois projetos de pontes foram incluídos no esforço do governo federal intitulado “Desafio chave de ouro”, que pretendia iniciar, concluir ou avançar 20 obras e projetos até o fim do mandato do presidente Michel Temer (MDB). Esse esforço foi anunciado em outubro, com o remanejamento de R$ 1 bilhão que estavam previstos para outros projetos que não receberiam o recurso ainda este ano.

IMPORTÂNCIA

“A ponte de Foz está completamente ultrapassada diante da demanda atual. E a ponte aqui, sobre o Rio Paraguai, abre a possibildiade de rota bioceânica que é muito importante para a logística brasileira, da América do Sul e de Mato Grosso do Sul”, argumentou Marun.

O governo tinha o objetivo de dar início às construções das pontes ainda este ano. Contudo, a burocracia e uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) impossibilitaram que a Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit-MS) usasse os R$ 56,8 milhões previstos no Orçamento da União de 2018 para contratar projeto em Porto Murtinho. A obra é primordial para viabilizar a Rota Bioceânica.

Sem a ponte, a Rota Bioceânica – que vai cruzar o Paraguai, a Argentina e o Chile –, fica comprometida, já que transpor o Rio Paraguai é essencial para possibilitar o escoamento da produção mato-grossense até os portos do Oceano Pacífico.

O Corredor Bioceânico vai reduzir em oito mil quilômetros a rota na exportação de produtores de Mato Grosso do Sul e de outros estados do Centro-Oeste para a Ásia, quando comparado com o escoamento realizado pelos portos do Sudeste e do Sul do Brasil. O ganho de tempo no transporte das exportações, cerca de seis dias a menos, irá implicar em ganho de competitividade.

PARAGUAI

Enquanto o governo brasileiro atrasa o inicio da construção da ponte, o Paraguai iniciou, no mês passado, o projeto de pavimentar 277 quilômetros da rodovia Transchaco, no trecho que liga Carmelo Peralta, na divisa com Porto Murtinho (MS), a Loma Plata, no Departamento de Boquerón. Outros 382 quilômetros de rodovias paraguaias devem ter a pavimentação concluída em 2020.

Fonte: Correio do Estado

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