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O que saber antes de escolher uma bateria de traição para a logística?

Seja de chumbo, cobre ou lítio, as baterias são consideradas o ‘coração’ das atividades nas empresas de logística e intralogística. Nos Centros de Distribuição (CDs) e empresas que atuam no segmento da intralogística, não há dúvida de que, no pacote composto por empilhadeira, bateria e carregador, a bateria é o principal elemento.

No entanto, existem vários tipos de baterias de tração com diferentes características, desempenho e componentes que acabam por ser responsáveis pela grande variação de preço entre os produtos.
A variedade é tão grande que é possível que até mesmo os profissionais dos CDs, que trabalham diariamente com esse tipo de maquinário nem sempre conheçam o seu funcionamento em detalhes.

Adicionalmente, considerando que as baterias são o coração das empresas de logística e intralogística e que o seu mau funcionamento, como avarias e descargas profundas, pode encurtar sua vida útil e paralisar as atividades nos galpões, vale conhecer melhor os diferentes tipos de baterias de tração.

 

Baterias de chumbo-ácido tracionárias padrão

Nesta categoria, encontram-se as baterias conhecidas popularmente como “abertas”. Em cada elemento há uma abertura, para que haja o preenchimento com água desmineralizada do nível de eletrólito, composto basicamente de ácido sulfúrico diluído. Inseridas neste grupo estão:

•    PzS ou PzB (chumbo-ácido de eletrólito líquido)
É o tipo de bateria mais comum, seu design é considerado simples, básico e dominado por todos os fabricantes. Por conta desses fatores acabam sendo o tipo que requer menor investimento inicial. No entanto, têm alto grau de manutenção, níveis elevados de reposição de água e considerável emissão de gases.

•    PzS LA e PZM (chumbo-ácido de eletrólito líquido ‘baixo antimônio’)
Uma tecnologia semelhante à PzS. A diferença fica por conta das células que, graças à sua composição, consomem menos água. Assim, o reabastecimento pode ser feito em intervalos maiores de tempo com redução de custos de manutenção. Por isso, são conhecidas também como baterias de baixa manutenção.

•    PzQ (chumbo-ácido de eletrólito líquido placas tubulares quadradas)
Seu princípio de operação é semelhante ao das baterias PzS. A inovação tecnológica está no perfil das placas tubulares quadradas, que permite aumentar a superfície ativa das placas de chumbo e, consequentemente, a tensão média durante a descarga, o que garante melhor performance e carregamentos mais rápidos. Por conta disso, é indicada em operações mais agressivas e até mesmo para cargas de oportunidade.

Baterias de chumbo-ácido seladas (VRLA)

Neste grupo, geralmente o eletrólito de ácido sulfúrico aparece em gel ou fica contido em uma espécie de malha. São baterias equipadas com uma válvula de pressão especial (Valve Regulated Lead Acid) e o oxigênio produzido durante o carregamento é convertido em água. Requerem manutenção muito baixa.

•    PZV (chumbo-ácido gel)
A tecnologia de gel é menos difundida, mas tem mais vantagens, entre elas: nenhuma manutenção necessária e nenhuma emissão de gases. Por isso, inclusive, são mais utilizadas principalmente no setor de alimentos. Uma desvantagem: só podem ser descarregadas em 60% e o tempo de carregamento não pode ser inferior a 10 horas (de acordo com os padrões do fabricante), sob pena de degradar a bateria.

•    AGM (tecnologia com eletrólito em malhas absorventes de fibra de vidro)
Tecnologia ainda menos difundida do que as anteriores, o seu desenho é mais complexo. Não necessita da reposição de água. Geralmente as placas são mais finas e feitas de ligas metálicas de menor resistência possibilitando cargas mais rápidas e operações mais pesadas. A tecnologia TPPL (Thin Plate Pure Lead) é um exemplo desse tipo de bateria. Por conta dessa resistência específica, demanda que o carregamento seja exatamente como determinado pelo fabricante, não sendo possível a aplicação de curvas de carga padrão.

•    CSV (placas de cobre com eletrólito em gel)
Tem condutividade muito maior – que se deve ao cobre, que é um elemento condutor mais eficiente e com menor resistência – e, por ser em gel, acaba sendo mais voltada para equipamentos menores. Vem obtendo grande sucesso na Europa, pois, suas características possibilitam uma eficiência muito maior e cargas rápidas.

Além das baterias de chumbo e cobre, existem as baterias de íon-lítio. Infinitamente superiores, as baterias de íons de lítio possuem um sistema eletrônico interno que transmite informações diretamente aos carregadores, simplificando a programação do operador na hora do carregamento.

Além disso, diferente das baterias de chumbo-ácido que precisam ser mantidas em posição correta para que não haja derramamento da água interna do produto, as baterias de lítio não possuem limitação de posicionamento e montagem, informa Rogério Alves, técnico de suporte da fabricante de carregadores de bateria Fronius do Brasil, que completa.

“Pesquisas mostram que o mercado de inovação voltado à movimentação de carga mudará muito nos próximos anos. Acompanhar esta evolução exige das empresas um olhar muito atento para o novo. A Fronius acredita que até 2025, 25% das máquinas serão movidas com baterias de lítio, onde a tecnologia e a informação trabalharão em função de uma entrega mais rápida, sustentável e com redução de custos”.

Alves ressalta ainda que, no momento de escolher a bateria de tração, o empresário deve considerar ainda as soluções de carregamento que, além de reduzir os custos com energia elétrica, podem promover a redução de espaço logístico, tão importante nos CDs.

“A Fronius dispõe de carregadores de bateria com tecnologia compatível com quase todos os tipos de bateria disponíveis no mercado, inclusive de lítio”.

 

 

Fonte: Tecnologistica

 

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