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O Comercio mundial sofrerá atrasoslogísticos até junho em função do bloqueio do canal de Suez

O comércio mundial foi impactado em suas cadeias de fornecimento pelo bloqueio do Canal de Suez durante seis dias seguidos, quando 380 navios de carga ficaram na esperando em fila a sua vez de atravessar. Segundo a Maersk, uma das gigantes da logística mundial, até o início de junho ainda haverá consequências. Julian Thomas, presidente da Maersk no Brasil, disse que “Os efeitos indiretos nas cadeias de abastecimento globais estão longe do fim. Os clientes só devem esperar um retorno normalizado aos serviços em junho. A Maersk está pedindo aos clientes que enviem apenas mercadorias urgentes neste momento, para reduzir atrasos nos portos europeus e asiáticos.” Julian Thomas fala com propriedade porque além de ser responsável pelo mercado brasileiro ele comanda a empresa na Argentina, Uruguai e Paraguai. A Maersk, que fornece transporte por navio, trem, aéreo, caminhões e barcaças, movimenta cerca de US$ 700 bilhões em mercadorias por ano

Para ajudar a mitigar o impacto, a Maersk está acelerando seu serviço ferroviário intercontinental entre portos na Finlândia, Polônia, Alemanha e Escandinávia e portos na Coréia do Sul, China e Japão. A companhia aumentou a frequência dos trens que saem do norte da Europa para São Petersburgo (Rússia), indo para Vostochny, Sibéria, ao norte da China, e cruzando os mares da Coreia do Sul e do Japão. Os trens agora são semanais, em vez de quinzenais, dobrando a frequência. Os trens que vêm da Ásia para o oeste estão programados para quatro vezes por semana, em vez de três vezes por semana.

Além disso, a Maersk adicionará um navio para ajudar a movimentar volumes crescentes entre Busan, na Coreia do Sul, e Vostochny: “Quando a pandemia chegou, a existente falta de contêineres tornou-se mais aguda. A pandemia diminuiu drasticamente a produção mundial de novos contêineres, caindo 40% no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período de 2019, por exemplo. Além disso, as operações portuárias estão se movendo mais lentamente durante a pandemia, uma vez que menos pessoas podem trabalhar nos portos ao mesmo tempo.” O Brasil está monitorando o potencial impacto:  “Com o bloqueio do Canal de Suez, a situação ficou extremamente difícil. É muito cedo para dizer como essa situação vai afetar o Brasil. O que sabemos agora é que as companhias marítimas estão ocupadas reposicionando seus estoques de contêineres para mitigar o impacto nas empresas e produtores locais. A boa notícia é que o bloqueio de Suez foi temporário, durou seis dias, e não mais que isso”, concluiu o executivo.

 

 

 

Fonte: Petro Notícias

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