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O Brasil terá um novo ano desafiador na economia, mas com a balança política com maior tendência de apoiar o governo

O ano que está para começar será importante para o crescimento do Brasil, que está experimentando como nunca todas as dores e os sabores da democracia. Nunca na história do país a mídia formal, organizada, de tendências esquerdistas, fez uma oposição tão agressiva a um presidente eleito com um número de votos acima de 65 milhões.

E há várias razões para isso, mas a principal ainda parece ser a financeira. O corte das verbas publicitárias bilionárias fáceis dos governos anteriores, foi profundo e não parece, pelo menos até o fim do governo Bolsonaro, ter a alma da Fênix. Não deverá retornar. Hoje, há um embate claro, franco, entre a imprensa e o presidente, que tem sido apoiado pela maior parte das pessoas que se manifestam através mídia social. Os números das últimas pesquisas formam essa ideia.

Seria inimaginável em outros tempos um presidente confrontando o maior complexo de comunicação do país, o estruturadíssimo Grupo Globo, formado por uma rede de rádios, emissoras de televisão, jornais e revistas e ainda apoiado por outras estruturas de comunicação de credibilidade como a Folha de São Paulo, o Uol e o Estado de São Paulo, o mais ameno dos três.

Seguramente dá para se contar nos dedos o número de assessores que incentivasse qualquer candidato a fazer o que Bolsonaro fez. Sua eleição trouxe para a Câmara, para o Senado e para o Supremo Tribunal Federal um clima de tensão permanente. Um embate a cada dia, seguido de tapinhas nas costas e novo embate. Um enxuga gelo diário. As coisas boas do governo, a mídia minimiza. Os erros são gritados. Por isso, as eleições municipais, a primeira desde que o novo governo assumiu, foi um marco.

As respostas foram claras, gritantes, segundo revelam os seus números frios, mas contundentes. Na verdade, confirmam: o Brasil não é de esquerda. A soma dos votos de todos os prefeitos afiliados a partidos de esquerda, tiveram um pouquinho mais de 9 milhões de votos. Os de direita, quase 15,5 milhões. E os partidos de centro, 28,5 milhões. Os três partidos que tiveram mais votos: PSDB, MDB e PSD. O PP foi o que mais cresceu, desde as ultimas eleições.

O PP é o partido onde Bolsonaro este mais tempo em sua carreira política. Como o embrionário Aliança Para o Brasil não deverá estar registrado até as eleições de 22, a crença é que ele volte às suas origens para tentar um novo mandato. Seria o mais lógico, mas não é garantia. A eleição também parece ter jogado uma pá de cal no PT. Não ganhou nenhuma prefeitura das capitais e seus candidatos eleitos  tiveram apenas 1,6 milhão de votos, se somados.  No final desta reportagem, vamos mostrar o quadro completo  com a soma do número de votos dos partidos que elegeram  prefeitos pelo Brasil. O PBDB foi o partido que mais elegeu prefeitos em capitais. Cinco no total. O Democratas e o PSDB vão comandar quatro capitais cada um. O PDT e PP duas cada uma, mas o PT, levou chumbo.

Pela primeira vez na história do partido não vai comandar nenhuma capital. É claro que a eleição municipal é uma eleição diferente da eleição nacional. Uma eleição para a presidência da república, é diferente de  uma eleição para prefeitos. Nas grandes capitais, até que elas se assemelham um pouco, mas no geral, no interior, parece valer uma regra diferente. O Brasil tem mais de 5.570 municípios. É muito município. A regra é prestação de serviços por aquela pessoa que todo mundo conhece, que convivem no dia a dia das pessoas.

Ficou claro que o Brasil demonstra e confirma que é um país conservador. Ganhou o centro, o centro-direita, que tem a maioria das prefeituras. No elevador das eleições, sobe o Partido Progressista, o PSD  e o DEM, para pegar os três primeiros. E quem apertou o botão para descer, em primeiro lugar, foi o PT, seguido pelo PSDB e o MDB. Eles comandam algumas grandes cidades, mas fizeram menos prefeituras  pelo Brasil.

As grandes do MDB são Cuiabá, Boa Vista, Goiânia e Teresina e Porto Alegre. Mas perdeu 251  prefeituras em relação  a ultima eleição municipal. O PSDB,  tinha sete capitais. Agora tem apenas 4. São Paulo, a principal, Natal, Palmas, e Porto Velho. E o DEM, manteve  Salvador e  agora tem o Rio de Janeiro, Florianópolis  e Curitiba. E um detalhe. Em três dessas quatro, ganhou em primeiro turno. Grandes vitórias. E fica o registro que o PT dos trabalhadores colhe o que plantou. Está com zero capital.

O Brasil registrou, em média, 30% de abstenção. Foi a maior taxa desde 1996. Com destaque para Rio de Janeiro, Goiânia, Porto Velho e Porto Alegre. Nulos e brancos mais as ausências, o percentual bate ali bem pertinho dos 50%. Mas isso não foi apenas pelo Coronavírus. O eleitorado manifestou rejeição.  Isso pareceu claro pelo desinteresse manifestado. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, a soma dos votos em brancos, nulos e as abstenções, teve um maior número dos que os eleitos Bruno Covas e Eduardo Paes.

Veja agora o quadro final das eleições, com o número de votos dos partidos que tiveram prefeitos eleitos:

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Fonte: Petro Notícias

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