Novo presidente da Codesp demite mais 8 e corta gastos para economizar R$ 3 mi ao ano
O novo diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Luiz Fernando Garcia, demitiu mais oito pessoas que ocupavam cargos comissionados na Autoridade Portuária. O executivo ainda decidiu fundir departamentos e extinguir uma superintendência e três gerências, o que deve garantir uma economia de R$ 3 milhões ao ano.
Essas ações foram destacadas por Garcia, em entrevista durante visita à sede do Grupo Tribuna, na Cidade. Ele foi recebido pelo diretor-presidente da TV Tribuna, Roberto Clemente Santini, que também é presidente da Associação Comercial de Santos.
A medida foi aprovada pelo Conselho de Administração (Consad) da Autoridade Portuária na terça-feria (13). As superintendências de Planejamento Portuário e de Relações Comerciais e de Gestão de Contratos de Arrendamento se fundiram e passarão a chamar-se de Superintendência de Relações Comerciais.
Também serão aglutinadas as gerências de Meio Ambiente com o departamento que cuida de Controle Ambiental. O mesmo vai acontecer com a Gerência de Planejamento e Desenvolvimento de Acessos com a Gerência de Planejamento e Desenvolvimento de Áreas e Instalações. Ainda ocorreu a fusão da Gerência de Desenvolvimento Comercial de Áreas e Instalações com a Gerência de Promoção Comercial de Áreas e Instalações e Relação Porto-Cidade.
”Nós procedemos algumas reestruturações na Diretoria de Relações com o Mercado com corte não só de pessoal, mas extinção de cargos. Agradecemos as pessoas que desempenhavam o trabalho até então, mas, por uma questão de gestão, as ações foram absorvidas e os cargos extintos”, explicou Garcia.
Entre os demitidos, estão o superintendente de Meio Ambiente e Segurança do Trabalho, Ivam Doutor; o superintendente de Planejamento Portuário, Luiz Carlos de Lima; o gerente de Promoção Comercial de Áreas e Instalações e Relação Porto-Cidade, Alceu Maitino Junior; e o gerente de Planejamento e Desenvolvimento de Áreas e Instalações, Eduardo Lustoza.
Na lista, ainda estão o gerente de Planejamento e Desenvolvimento de Acessos, Vicente Roberto Pavim, o gerente de Medição, Claudio Bozzo, o gerente de Compras e Licitações, Tawan Ranny, e o assessor Condiberto Queiroz Neto. O executivo atuava diretamente com o ex-diretor de Relações com o Mercado e a Comunidade, Cleveland Sampaio Lofrano.
Todos os exonerados tinham relação direta com o dirigente ou o ex-presidente José Alex Oliva. Os dois e o ex-superintendente Jurídico da Autoridade Portuária foram presos no último dia 31, quando foi deflagrada a Operação Tritão.
“Isso não quer dizer que as pessoas estavam envolvidas nas investigações. É uma nova gestão e o ideal é nos cercarmos de pessoas da nossa confiança para esses cargos que exigem isso”, disse o presidente da Autoridade Portuária.
Marcação de ponto
De acordo com Luiz Fernando Garcia, na terça-feira também foram aprovadas outras medidas administrativas, entre elas, a obrigatoriedade de marcação de ponto eletrônico para todas as categorias profissionais da empresa. Guardas portuários ainda não estão obrigados a registrar o acesso porque, segundo Garcia, a questão ainda será avaliada devido às especificidades da função.
E a partir do próximo dia 3, todos os trâmites da Autoridade Portuária serão feitos de forma eletrônica. A implantação deste projeto está em curso há 11 meses e a ideia é otimizar os processos, garantindo economia de tempo e de recursos.
O executivo também apontou a necessidade de mudanças em procedimentos realizados pela Diretoria de Administração e Finanças da Codesp. O plano é modernizar as rotinas administrativas.
“Não é uma crítica. São usos e costumes. Não que eu invente a roda, nada disso. Mas são novos procedimentos e podemos contribuir com algumas inovações, como o pagamento das faturas do Porto em qualquer meio: cheque, dinheiro. Hoje, a Tesouraria era autorizada a receber. Hoje, abolimos. Todos os pagamentos de fornecedores da Codesp devem ser feitos de maneira eletrônica como todo mundo faz com o celular, por exemplo”, disse Garcia.
Fonte: A Tribuna