Nova dragagem do Porto de Santos começará em 20 dias
A DTA Engenharia deverá iniciar a dragagem do Porto de Santos em até 20 dias. Inicialmente, os trabalhos serão executados nos berços de atracação. O aval para o início da remoção dos sedimentos do cais santista foi expedido pela Autoridade Portuária de Santos, novo nome da Companhia Docas do Estado de São Paulo, a Codesp, na última quinta-feira (30).
Atualmente, a dragagem do canal de navegação do cais santista é realizada pela Van Oord, por meio de um contrato firmado com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O serviço pode ser feito até 2 de agosto, data do encerramento do contrato.
Mas, com o m do processo judicial envolvendo o pregão eletrônico realizado pela Autoridade Portuária, a empresa vencedora já pode iniciar a obra. Trata-se da DTA Engenharia que, em janeiro, assinou o contrato com a estatal, no valor de R$ 274 milhões. Segundo a empresa, as dragas já iniciaram a mobilização até o Porto de Santos.
Por isso, a previsão é de que os trabalhos sejam iniciados ainda neste mês. Os serviços começarão pelos berços. De acordo com a DTA Engenharia, essa é uma prioridade da Autoridade Portuária. A preocupação é válida uma vez que, no final do ano passado, alguns pontos de atracação foram atingidos pelo natural assoreamento (deposição de sedimentos), após uma interrupção de dragagem.
Como resultado, cinco berços voltados às operações de líquidos na região da Alemoa e na Ilha Barnabé chegaram a ter o calado (limite da profundidade que o navio pode atingir sem afetar sua segurança) reduzido e os prejuízos aos usuários foram estimados em R$ 14,7 milhões. Procurada, a Autoridade Portuária informou que fará o planejamento da dragagem durante o período de mobilização das embarcações que farão a remoção dos sedimentos.
A licitação vencida pela DTA Engenharia a torna responsável, pelos próximos dois anos, por manter as profundidades em toda a extensão do canal, o que inclui tanto a via de navegação como os acessos e os berços de atracação do complexo santista.
De acordo com o edital, o canal de navegação deverá ter 15,3 metros de profundidade, o que garante manter a profundidade nominal de 15 metros. A expectativa da Autoridade Portuária é que a ganhadora do leilão remova 11,8 milhões de metros cúbicos de sedimentos no canal de navegação. Já nos berços, o volume a ser dragado é estimado em 1,3 milhão de metros cúbicos.
Fonte: A Tribuna