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Norcoast anuncia operação para mitigar seca no Amazonas

Solução se concentra no transbordo de contêineres por meio de um píer flutuante de 240 metros de comprimento e 24 metros de largura instalado na região de Itacoatiara.

A Norcoast, empresa brasileira de navegação costeira, anunciou solução para mitigar os possíveis impactos causados pela seca no Amazonas. A operação se concentra no transbordo de contêineres por meio de um píer flutuante de 240 metros de comprimento e 24 metros de largura instalado na região de Itacoatiara. Ele vai estar disponível para operar a partir de setembro, podendo iniciar antes, a depender do nível do rio e do resultado da dragagem promovida pelo Governo. O objetivo é garantir a continuidade do fluxo logístico durante o período de seca.

Segundo o diretor de Operações da Norcoast, Ricardo Nuno, o terminal ficará posicionado, antes de dois pontos considerados críticos no rio Amazonas (Tabocal e Enseada do Rio Madeira), que na época de estiagem não têm profundidade suficiente para a passagem do navio. “Com esta solução todo o volume será movimentado para as balsas que conseguirão navegar e levar os contêineres até Manaus”, afirmou.

De forma técnica, a operação será realizada com os navios da Norcoast atracando no pier flutuante, e as balsas ancorando a contrabordo neste mesmo píer, onde três guindastes, com braços de 64 metros, farão a retirada dos contêineres do navio e posicionando eles na balsa para que sigam a viagem.

Na avaliação da companhia, a época de estiagem não é uma novidade no Amazonas, e a previsão é que neste ano a seca seja ainda mais severa do que a do ano passado, acendendo o alerta para problemas de abastecimento, em um período de alta demanda, quando o comércio se prepara para as vendas de fim de ano.

O CEO da Norcoast, Gustavo Paschoa, destacou que o cenário é preocupante, já que na Amazônia as estradas são os rios, e é através deles que ocorre toda a dinâmica da economia regional. “Estamos trazendo esta mitigação para garantir a navegação costeira mesmo no período de seca para não afetar a fluidez logística nesta região. Sabemos do impacto na economia e social de uma severa estiagem, como ocorreu no ano passado, e que tudo indica que se repetirá este ano”, complementou.

Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a Região Hidrográfica Amazônica transportou mais de 71 milhões de toneladas de cargas só no ano passado, e o Rio Amazonas é a principal via utilizada, tendo transportando mais de 34 milhões de toneladas, incluindo alimentos, materiais de construção, insumos para a indústria, combustíveis, entre outros.

 

 

 

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