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Nações ricas devem pagar pela transição energética global, diz chefe da IEA

Para avançar no combate às mudanças climáticas, as nações ricas precisam reconquistar a confiança dos países em desenvolvimento, fornecendo mais financiamento para ajudá-los a alcançar suas metas de adoção de energia limpa, disse o chefe da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês).

Enquanto as negociações climáticas da ONU no meio do ano em Bonn tropeçavam sobre o assunto, Fatih Birol, diretor executivo da IEA, disse à Context que as nações industrializadas devem aceitar sua responsabilidade histórica por causar mudanças climáticas e aumentar a ajuda para outros países mudarem o uso de combustíveis fósseis que aquecem o planeta.

“Na ausência de apoio, dar prescrições aos países em desenvolvimento… ´faça isso, não faça aquilo´ não seria produtivo nem justo”, disse ele em entrevista durante uma visita à Índia para discussões antes da reunião de setembro do G20.

Esta semana, a iniciativa de pesquisa Net Zero Tracker disse que 148 nações e a União Europeia — cerca de três quartos dos países — já estabeleceram uma meta líquida zero, indicando “um consenso claro para reduzir as emissões de gases de efeito estufa para zero líquido”.

Mas no nível nacional, a implementação dessas metas é lenta, em parte devido à falta de financiamento nos países mais pobres.

A IEA também está defendendo duas outras metas climáticas globais: triplicar a capacidade instalada de energia renovável e dobrar a eficiência energética até 2030.

Nas negociações de Bonn, algumas economias em desenvolvimento — grandes usuários de combustíveis fósseis hoje — exigiram que um esforço para aumentar as metas de redução das emissões globais fosse acompanhado por negociações sobre o aumento do financiamento para que pudessem desempenhar seu papel.

Os países ricos recuaram, argumentando que as discussões sobre o financiamento climático já estão acontecendo e também querem que economias emergentes maiores e o setor privado paguem.

 

Fonte: Reuters