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Na crise, exportadores aumentaram dependência do mercado interno, mostra CNI

Com a queda do consumo no Brasil, em razão da crise econômica, empresas que atuam tanto no mercado doméstico quanto internacional se viram forçadas a buscar mais negócios no exterior. No entanto, uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o esforço parece ter sido em vão. A participação das exportações na receita bruta das companhias, ao invés de subir, caiu entre 2016 e 2018, indicando que nem mesmo o dólar mais favorável foi capaz de elevar a competitividade dos brasileiros.

Na comparação entre o levantamento de hoje e o anterior, feito em 2016, nota-se que a proporção de empresas cuja exportação corresponde a menos de 20% da receita subiu de 57,1% para 65,9%. Na outra ponta, o grupo de companhias que fatura mais de 80% com o mercado internacional perdeu espaço e passou a representar apenas 10,5% do total, ante 14,1% há dois anos. O mercado interno ganhou espaço não porque a economia brasileira cresceu, mas sim porque as empresas tiveram dificuldades de conquistar clientes no exterior. Na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), essas dificuldades derivam de problemas estruturais do Brasil e do fato de elas ainda não terem incorporado a internacionalização como parte integral de sua estratégia de negócios.

Fonte: Estadão Conteúdo

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