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Movimento de cargas cai em Dionísio Cerqueira

O movimento de cargas na aduana de cargas de Dionísio Cerqueira registrou queda em 2019 e também no primeiro mês de 2020. Em janeiro foram US$ 28,3 milhões entre importação e exportação, 12,4% a menos do que os US$32,3 milhões de janeiro do ano passado. O movimento de cargas foi de apenas 21 a menos do que os 1,1 mil de janeiro de 2019. Mas o valor das exportações caiu de 8,1%, de US$ 22 milhões para US$ 20,3 milhões e, das importações, caiu 21%, de US$ 10,1 milhões para US$ 7,9 milhões.

Em 2019 os números também foram inferiores aos de 2018. O movimento total foi de US$ 448,5 milhões, 36% a menos do que os US$ 613,9 milhões de 2018. A exportação caiu 33%, de US$ 456 milhões para US$ 301 milhões. As importações reduziram 7%, deu US$ 157 milhões para US$ 146 milhões.

De acordo com delegado da alfândega da Receita Federal em Dionísio Cerqueira, Valter Solon Dorigon, a redução das exportações tem a ver com a crise econômica da argentina e política no Chile, que foi alvo de ondas de protestos.

– As exportações de carnes, que tem alto valor, foram afetadas e isso impactou no movimento em Dionísio Cerqueira. Já no caso da importação a alta do dólar acabou impactando, pois compramos muitas frutas e bebidas do Chile e da Argentina – destacou Dorigon.

Além da queda no movimento a aduana perdeu o scanner de cargas que permitia agilizar a liberação de cargas em cerca de 30%. Com o scanner era possível ver o conteúdo das cargas sem abri-las. Além a fiscalização sanitária e tributária, o aparelho também inibia o tráfico de drogas. Nos cinco anos em que funcionou no local não foi encontrada droga camuflada nas cargas mas bebidas e pneus foram flagrados.

De acordo com Dorigon a retirada do equipamento, que acabou indo para Foz do Iguaçu, foi por redução e custos da Receita Federal. O contrato com a empresa fornecedora era superior a R$ 100 mil por mês, além do custo de manutenção. Desde o final de janeiro não é mais prestado o serviço em Dionísio Cerqueira. Outras cinco aduanas perderam o equipamento.

No entanto um documento pedindo a manutenção do scanner no local foi entregue ao vice-presidente Hamilton Mourão, em sua visita na Fiesc, na sexta-feira. Também foi solicitava a privatização da gestão da aduana.

De acordo com o delegado da Receita Federal em Dionísio Cerqueira, Valter Dorigon, já foi realizado um estudo de viabilidade técnica.

– É um assunto complexo mas que está em andamento. Atualmente temos que administrar entradas, saídas, contratar vigia e limpeza. Isso com um número reduzido de funcionários. Concedendo a gestão para uma empresa os funcionários da Receita Federal podem se dedicar para a atividade fim, que é a fiscalização- disse Dorigon.

Fonte: NSC Total

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