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Movimentação de contêineres no Porto de Itajaí cresce 22% no primeiro trimestre de 2020

Em março de 2020 o Porto de Itajaí (cais público e APM Terminals) registrou crescimento em seus principais indicadores de movimentação: tonelagem, número de atracações e TEU’s (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Os índices foram apresentados no relatório estatístico da Superintendência do Porto de Itajaí.

Os berços públicos (3 e 4) e da APM Terminals (1 e 2) movimentaram 46.552 TEU’s – destacando um crescimento de 21% no comparativo a março de 2019, em que foi registrada a movimentação de 38.582 TEU’s.

Atracaram nos berços públicos 44 navios, 19% a mais que no mesmo período de 2019, que registrou 37 embarcações. No indicativo de tonelagem, o crescimento foi de 17%. Foram movimentadas 524.960 toneladas contra 449.345 toneladas no mesmo período de 2019.

Com os números apresentados em março, o primeiro trimestre de 2020 encerra com crescimento de 19% na tonelagem e 22% na movimentação de TEU’s. Foram movimentados 1.451.186 toneladas e 130.042 TEU’s, contra 1.220.314 toneladas e 106.688 TEU’s no primeiro trimestre 2019. Em relação as embarcações, foram 129 atracações contra 111 no mesmo período do ano passado, com crescimento de 16%.

“No final do ano passado a gente demonstrava uma tendência de crescimento pujante. Esses índices de dois dígitos, que não são normais, refletem a atividade econômica do Brasil que naquele momento, antes do surto provocado pelo coronavírus, demonstrava um aquecimento fantástico. Esse crescimento de 21% em março e 22% no trimestre não é isolado, é resultado do acumulado do crescimento de 150% dos últimos três anos. Isso nos deixa muito felizes, porque não é só falar sobre números estatísticos, é falar da geração e manutenção de emprego, da geração de riqueza em Santa Catarina que é o que nos motiva a enfrentar todas essas adversidades. Se olharmos o todo, essa atividade tem uma importância socioeconômica muito expressiva. O frango congelado que sai aqui do Porto de Itajaí mantém uma enorme cadeia de produção. Desde o criador, lá no Oeste catarinense, até a nossa própria cidade, com os terminais e exportadores, são inúmeras famílias que dependem dessa cadeia para manter seu sustento. Por isso nos orgulha muito fazer parte desse time e obter esse crescimento, com esses níveis percentuais tão expressivos”, ressalta o Engº. Marcelo Werner Salles, Superintendente do Porto de Itajaí.

O relatório aponta ainda movimentação positiva em relação ao Complexo Portuário de Itajaí.

Em março de 2020 foram movimentados no complexo 1.230.718 toneladas, 104.869 TEU’s, com registro de 88 escalas. No mesmo mês de 2019, a movimentação registrada foi de 1.045.198 toneladas, 94.564 TEU’s e 79 atracações, crescimento de 18% na tonelagem, 11% na movimentação de TEU’s e 11% no número de atracações.

O Terminal de Uso Privado (TUP) PORTONAVE registrou 685.871 toneladas, 40 escalas e 58.317 TEU’s. A movimentação eleva o acumulado do ano para 2.020.967 toneladas, 126 escalas e 181.183 TEU’s. No comparativo ao primeiro trimestre do ano anterior, o terminal registra crescimento de 5% em relação aos TEUs, 5% em relação as escalas e 9% em relação a tonelagem.

O TUP TEPORTI registrou duas escalas com movimentação 12.887 toneladas. O TUP Poly Terminais movimentou 7.000 toneladas com duas atracações. Os demais terminais não registraram movimentação em março.

“Os números foram positivos, apesar dessa questão relacionada com o coronavírus que interferiu bastante nas atividades gerais, não só na movimentação de cargas e comércio exterior, mas em todas as atividades, como na área industrial, na área comercial e isso reflete na nossa movimentação. É interessante fazer um destaque de movimentação de cabotagem no cais comercial dos berços públicos e APM Terminals, que cresceu 6%. No primeiro trimestre de 2019 nós tivemos uma movimentação de 28.332 TEU’s com 245.976 e nesse ano registramos 30.186 TEUs com 273.688 toneladas, especificamente na cabotagem. Isso é importante, porque esse seguimento exerce um papel preponderante no sentido de utilizar o transporte marítimo para tirar um pouco dos caminhões das estradas e melhorar as condições do modal rodoviário”, destaca Heder Cassiano Moritz, Diretor Geral de Operação Logísticas da Superintendência do Porto de Itajaí.

Em março a exportação foi correspondente a 59% do sentido das cargas em tonelagem e a importação a 41%. Os principais produtos exportados foram frango, carnes e madeiras e derivados e os importados foram mecânicos e eletrônicos, produtos químicos e têxteis diversos.

Itajaí tem participação de 3,6% na corrente de comércio brasileira e 57,4% na corrente de comércio catarinense. Em razão dos ventos fora dos limites operacionais, o mês de março registrou 6:30h de impraticabilidade da barra e cancelamento de quatro escalas, por conveniência do armador.

Para o Prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, mesmo neste período turbulento, o porto tem sido destaque na sua produtividade operacional, gerando emprego e renda para as famílias de Itajaí e ainda dando suporte para todos que atuam na atividade portuária: “Certamente estamos vivenciando um dos momentos mais difíceis e críticos que a sociedade já presenciou devido ao surto e pandemia do coronavírus, mas com muito empenho e dedicação vamos vencer este grande problema, e o nosso porto, vem demonstrando com todo os esforços por parte de nossos trabalhadores portuários o quanto se é necessário segurar a economia do nosso Estado e de nosso país”, destacou.

A tendência dos próximos meses é uma retração na movimentação relacionada ainda com os reflexos do coronavírus. Segundo Heder, apesar dessa queda o Complexo Portuário de Itajaí pode ainda apresentar crescimento esse ano:

“É difícil quantificar o impacto causado por essa pandemia na nossa movimentação. Tudo vai depender de quantos meses nós vamos sofrer com esses efeitos, principalmente na questão industrial, na reposição de containers vazios, entre outros fatores. Mas, Santa Catarina tem uma indústria forte com penetração no mercado internacional e também depende das importações de matéria prima para manter suas atividades, isso vai nos ajudar a manter e recuperar a movimentação. Outro fator importante é a operação na nova bacia de evolução que nos permite fazer a movimentação de navios de até 307 metros, isso nos dará um ganho operacional e até o fim do semestre esperamos ter iniciado as operações dos navios de até 337 metros, que vai nos dar um folego ainda maior”, conclui.

Fonte: Porto de Itajaí

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