Moody’s eleva previsão de preços de petróleo a médio prazo
A agência de classificação de risco Moody’s elevou nesta quinta-feira, 7, sua previsão para os preços do barril de petróleo a médio prazo. Agora, a Moody’s prevê cotações entre US$ 50 e US$ 70 por barril, mesma estimativa que tinha antes do impacto da pandemia da covid-19 sobre os preços.
Segundo a Moody’s, a nova previsão reflete a expectativa de que os custos de produção por barril continuarão a subir, em linha com uma demanda também crescente. “Estamos retomando a faixa de preços de médio prazo que tínhamos antes da pandemia do coronavírus, dado que esperamos que o custo de produção continue a subir em linha com a recuperação na demanda. Também esperamos que uma oferta restrita continue a dar suporte ao aumento dos preços do petróleo”, afirma a vice-presidente sênior da Moody’s Elena Nadtotchi.
A casa afirma que o setor de exploração e produção (“upstream”) continua a investir muito menos que no pré-pandemia mesmo com o salto dos preços de petróleo e gás natural em 2021. Além disso, as empresas do segmento sinalizam que o patamar de investimento seguirá baixo no ano que vem.
Segundo a Moody’s, os desembolsos em exploração e produção de petróleo subiram apenas de forma marginal neste ano, após uma queda de 30% em 2020. Este fator, combinado à recuperação da demanda, deve dar suporte aos preços. A agência espera uma “modesta alta” nos investimentos em 2022, mesmo com a cautela demonstrada pelas empresas.
“Nossa análise demonstra que as empresas de exploração e produção precisarão aumentar seus investimentos consideravelmente no médio prazo para repor totalmente as reservas e evitar o declínio da produção no futuro”, diz em nota o vice-presidente da Moody’s Sajjad Alam.
A agência espera que grandes empresas independentes, assim como as petroleiras integradas e nacionais, mantenham a disciplina de produção em 2022, elevando a oferta de forma gradual para atender a alta da demanda. A velocidade do aumento de oferta, porém, deve variar de acordo com a região do mundo.
Fonte: Estadão Conteúdo