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Melhor uso de ferrovias é alvo de debate em seminário virtual

O transporte de produtos com maior valor agregado, como carros e peças industriais, nas ferrovias brasileiras poderia ser ampliado. É o que demonstra um estudo apresentado no seminário “Ferrovias no Plano Nacional de Logística”, realizado de forma virtual na manhã desta quarta-feira (29) pela Empresa de Planejamento e Logística – EPL.

O trabalho informou ainda que atualmente mais de 90% das cargas transportadas no modo ferroviário são de commodities, como minério de ferro e insumos agrícolas. O planejamento para possibilitar essa transformação é realizado pela EPL e comporá o Plano Nacional de Logística 2035. O produto será entregue ao Ministério da Infraestrutura no final deste ano.

Segundo o diretor-presidente da empresa, Arthur Lima, o país possui atualmente cerca de 30 mil quilômetros de malha ferroviária e que um dos desafios é expandir a sua utilização, proposta que será incorporada pelo Plano Nacional de Logística – PNL 2035.

“Devemos pensar a ferrovia estrategicamente, nos cenários dos próximos anos como um sistema integrado e que permita a circulação de cargas de maior valor agregado, tal como carga geral em contêineres”, disse.

O seminário apresentou a modelagem utilizada pela EPL para incluir o modal ferroviário de forma integrada aos portos e demais modos na simulação da rede logística prevista para 2035. Essa metodologia será utilizada para simular diferentes possibilidades de cenários para o setor ferroviário no longo prazo, com reflexos diretos sobre o planejamento da rede de transportes como um todo.

Políticas públicas – A abertura contou com a apresentação do secretário nacional de Transportes Terrestres, Marcello da Costa, que trouxe as expectativas do Governo Federal para o setor.

O secretário ressaltou a importância do planejamento estratégico, mas afirmou que é preciso garantir a integração deste instrumento com o Plano Setorial Tático Terrestre, responsável pelas diretrizes para a viabilização dos empreendimentos, incluindo o financiamento deles.

“Nós temos que usar de criatividade para desenvolver novas opções de financiamento para tornar esses empreendimentos viáveis. Uma opção que temos estudado no Ministério da Infraestrutura é a utilização de financiamento de green bonds, específicos para empreendimentos com apelo ambiental. E aí a ferrovia se encaixa perfeitamente nesse caso pela redução da emissão de poluentes”, completou.

Formato inovador – Os diálogos com o setor produtivo e com especialistas da área foram previstos no calendário de desenvolvimento do PNL como forma de garantir a incorporação de conhecimento em etapa anterior à audiência pública, prevista no final do projeto.

No entanto, com o advento da pandemia da Covid-19, os eventos foram adaptados para plataformas digitais. O seminário desta quarta-feira contou com cerca de 500 inscritos e foi acessado simultaneamente por mais de 300 participantes.

Quem não pôde participar do Webinar, pode conferir as apresentações completas abaixo. O vídeo dos debates está disponível no canal da EPL no Youtube.

Fonte: EPL

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