Limitação no transporte durante a pandemia impacta na exportação de frutas brasileiras para o Canadá
Diante da pandemia do novo coronavírus, os impactos nas relações comerciais entre países são inevitáveis. Além do aumento de taxas, o bloqueio de fronteiras e limitação nos meios de transporte acabam dificultando a importação e exportação de produtos. É o que os exportadores brasileiros de frutas estão sentindo em relação ao envio dos produtos para o Canadá.
Diante deste cenário, a Câmara do Comércio Brasil-Canadá (CCBC) prevê uma queda de 20 a 30% na exportação da categoria. “O embarque de frutas para lá era diário. Após o cancelamento dos voos diretos, em 28 de março, os exportadores começaram a ter sérias dificuldades, porque muitos desses produtos são altamente perecíveis e não conseguem ir via mar. As alternativas de voos – alguns via Lisboa, outros via Frankfurt… – acabam encarecendo muito o processo”, conta Paulo de Castro Reis, diretor de relações institucionais da CCBC.
Algumas frutas mais resistentes, como o melão, o abacaxi e a manga, estão seguindo por transporte marítimo. Já as mais perecíveis, como a uva, o mamão, a lichia e a atemoia estão com as atividades de exportação, por hora, paralisadas. “Estamos entrando na safra de caqui, mas os exportadores não poderão enviá-lo, o que, inevitavelmente, resultará em prejuízo”, avalia Castro Reis.
No primeiro trimestre de 2020, o Brasil exportou mais de 2,5 toneladas de frutas para o Canadá.
Fonte: Câmara de Comércio Brasil-Canadá