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Leilão de energia A-4 deve ter novo contrato para usinas solares, diz diretor da Aneel

O leilão de energia A-4, que contratará novos projetos de geração para operação a partir de 2023, deverá ter uma nova modalidade de contrato para as usinas solares vencedoras, disse à Reuters nesta terça-feira o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Sandoval Feitosa.

O edital do certame, que deverá ser colocado em audiência pública pela diretoria da agência ainda nesta terça, prevê que as usinas solares que saírem vitoriosas na licitação assinarão contratos na modalidade “por quantidade”, e não mais “por disponibilidade”, como nas licitações anteriores.

A mudança acontece devido a uma visão de que a fonte solar já está madura, permitindo que os investidores assumam riscos adicionais, como já havia acontecido com parques eólicos, que também tiveram seus contratos alterados para a modalidade “por quantidade” em um licitação em 2018.

“É o mesmo raciocínio para a mudança que ocorreu no leilão A-6 do ano passado para as eólicas”, disse Sandoval à Reuters.

Nos contratos por quantidade, os geradores ficam expostos à necessidade de comprar energia no mercado spot caso suas usinas não produzam o montante de eletricidade negociado.

O leilão A-4 recebeu inscrições de 1.581 projetos de geração, num total de 51,2 gigawatts em capacidade. A maior parte dos empreendimentos é de usinas solares, com 751 projetos, ou 26,25 gigawatts.

Essa é apenas a segunda vez em que a fonte solar lidera o volume de projetos inscritos para um leilão de energia, mas na última vez em que isso ocorreu foi em um certame de reserva em 2015, voltado exclusivamente a projetos fotovoltaicos e eólicos.

Fonte: Reuters

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