Indústria da região reduz importação de insumos em 2019
Das 10 cidades mais industrializadas do Vale do Paraíba, portanto as mais geradoras de emprego formal na indústria, seis reduziram a importação de matéria-prima de janeiro a julho deste ano, conforme aponta o Ministério da Economia.
A revelação indica, segundo especialistas, queda na atividade industrial e, consequentemente, lentidão na retomada da geração de emprego e do crescimento da economia.
“Ideal é equilíbrio entre importação e exportação. Esses números negativos de importação preocupam, pois afetam a produção”, declarou Cesar Augusto Teixeira, empresário do setor aeroespacial e diretor da regional de São José dos Campos do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).
Pindamonhangaba e São José dos Campos foram as cidades que mais cortaram na importação de matéria-prima neste ano, respectivamente com -35,69% e -24,48%.
Com volume de US$ 866,2 milhões importados entre janeiro e julho do ano passado, o maior do Vale, São José caiu para US$ 654,1 milhões.
Pindamonhangaba saiu de US$ 319,1 milhões para US$ 205,2 milhões.
Outras cidades industrializadas da região também recuaram na compra de insumos.
Já Caçapava perdeu 13,7%, importando US$ 58,5 milhões contra US$ 67,8 milhões em 2018. A cidade de Taubaté perdeu 5,23% nesse setor, com US$ 570,3 milhões contra US$ 601,8 milhões.
Jacareí reduziu a importação de matéria-prima em 2,92%, passando de US$ 381,4 milhões para US$ 370,3 milhões. Cruzeiro cortou 1,34%, importando US$ 75,6 milhões neste ano contra US$ 76,7 milhões no ano passado.
Das quatro cidades que aumentaram a importação de matéria-prima, duas delas têm na produção de petróleo bruto a principal atividade industrial, embora Ilhabela, que aumentou 325,55%, importe muito pouco: US$ 20,6 mil.
O município de São Sebastião ampliou 70,81% a importação, com US$ 909,2 milhões contra US$ 532,3 milhões.
Indústrias de petróleo e química mantêm alta nas importações no Vale, diz governo
Petróleo e química foram os setores industriais do Vale do Paraíba que mais importaram insumos em 2019. Depois de cair no semestre, os combustíveis minerais cresceram 69% entre janeiro e julho, com US$ 909,9 milhões ante US$ 537,2 milhões em 2018.
Produtos químicos orgânicos subiram 31,15%, de US$ 482,1 milhões para US$ 632,3 milhões.
Fonte: O Vale