Iberdrola obtém empréstimo do europeu EIB para eólicas da Neoenergia no Brasil
O grupo espanhol de energia Iberdrola anunciou nesta quinta-feira acordos junto ao banco europeu EIB para financiamento de projetos, incluindo parques eólicos de sua controlada no Brasil, Neoenergia.
O banco da União Europeia irá emprestar 250 milhões de euros, ou cerca de 1,16 bilhão de reais, para apoiar a implementação pela Neoenergia de 15 parques eólicos no Nordeste do Brasil.
A companhia espanhola também terá financiamento de 440 milhões de euros para reforçar sua infraestrutura de redes de distribuição de energia em seu país sede, incluindo esforços de implementação da tecnologia de “redes inteligentes”, com a instalação de medidores mais modernos e digitalização.
No Brasil, os recursos do EIB vão para usinas eólicas na Paraíba, Bahia e Piauí, que quando concluídos somarão uma capacidade instalada de 520 megawatts.
Segundo a Iberdrola, a operação está enquadrada no mandato do banco europeu para a América Latina no período 2014-2020, o que significa que o acordo é coberto por garantias da União Europeia.
O apoio do EIB aos projetos eólicos faz parte do compromisso do banco de atuar em prol de metas de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, acrescentou a elétrica.
O acordo entre a Iberdrola e a instituição financeira foi anunciado durante a conferência climática COP 25, em Madri.
“Para cumprir totalmente os compromissos do Acordo de Paris, nós precisamos mobilizar recursos em uma escala sem precedentes, e o EIB está buscando liderar a resposta a esse desafio”, afirmou em nota a vice-presidente do EIB, Emma Navarro.
“Nós estamos trabalhando para mobilizar até 1 trilhão de euros ao longo da próxima década por meio de projetos que, como esses que estamos apoiando hoje, irão ajudar na transição rumo a uma economia de baixo carbono, promovendo energias renováveis”, acrescentou.
O EIB já havia fechado acordo mais cedo neste ano, em setembro, para financiamento de 150 milhões de euros para parques eólicos e solares da elétrica EDP Renováveis, da portuguesa EDP.
Fonte: Reuters