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Guedes diz que está aberto para debater alíquota menor do PIS/Cofins

Proposta de reforma tributário do ministro tem alíquota considerada alta para imposto a ser criado com a fusão do PIS e da Cofins, de 12%.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira, 5, que o governo está aberto a debater a metodologia que levou à estimativa de alíquota de 12% na proposta de criação da Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS) para substituir o PIS e a Cofins. “Se for possível baixar para 8%, 9% ou 10%, por erro nosso, é o que queremos”, afirmou, em audiência pública na Comissão Mista Temporária da Reforma Tributária.

O secretário especial da Receita Federal, José Tostes, justificou a alíquota de 12% citando a extinção do regime cumulativo do PIS/Cofins e a exclusão de outros tributos da base de cálculo. “Só isso retira R$ 1,8 trilhão da base de contribuição. Também há a manutenção de alguns benefícios, que exigem uma alíquota calibrada para manter o nível de arrecadação”, argumentou.

Guedes criticou a estimativa de 25% para o imposto único nas propostas mais amplas de reforma tributária que já tramitam no Congresso. “Achamos que o cálculo de 25% para substituir PIS, Cofins, ICMS, ISS e outros impostos é totalmente impróprio. Os cálculos apontam uma alíquota cima de 30%, que nós não queremos. É preciso explicitar a metodologia de cálculo dessas propostas”, acrescentou.

O ministro prometeu ainda reduzir a alíquota do novo imposto sempre que o governo detectar um aumento da carga tributária. “A todo aumento de arrecadação que tivermos, vamos reduzir a alíquota”, afirmou. “Vamos acelerar as privatizações ou vamos cortar na própria carne, mas não queremos mais onerar o povo brasileiro”, completou.

 

 

Fonte: Estadão Conteúdo

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