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Grande cliente diz que novo avião da Embraer é “arriscado e não deve acontecer”

O CEO da empresa dona de mais aviões comerciais do mundo, apontou que o desenvolvimento de um avião maior pela Embraer é praticamente impossível no momento. Os rumores do desenvolvimento de um novo avião brasileiro, para concorrer com o Airbus A320 e o Boeing 737, surgiram nesta manhã quando o jornal americano Wall Street Journal apontou que a Embraer está analisando um novo avião, que seria o seu maior já fabricado.

fabricante brasileira desmentiu imediatamente e destacou que tem um portifólio com várias aeronaves novas, e que não está previsto um novo projeto neste ciclo de investimentos atuais. Neste contexto, o CEO da AerCap, Aengus Kelly, foi questionado por jornalistas durante a apresentação de resultados da empresa para o 1º trimestre de 2024.

Hoje, a AerCap tem 1.717 aviões em seu portifólio, sendo a maior empresa do globo em termos de aeronaves em sua posse. Ela também foi a primeira do mundo a fazer um leasing (aluguel) de um jato Embraer E2, tendo hoje 61 jatos da fabricante brasileira além de 28 encomendados pendente de entregas.

Kelly foi categórico sobre os rumores do novo avião da Embraer: “Acredito que a longo prazo pode ser útil. No entanto, duvido que veremos algo em números significativos antes do final da década de 2030. É simplesmente impossível desenvolver uma nova aeronave, especialmente se você precisa de uma nova tecnologia de motor. Você teria que estar bem avançado no processo para ter isso operando antes de 2030”.

“Então, isso não vai acontecer. No máximo, será na metade da década de 2030, se é que eles farão isso mesmo. Os recursos financeiros necessários para isso são extraordinários para competir com a capacidade da Airbus e da Boeing. Acho que é uma aposta arriscada, para ser honesto, e mesmo que aconteça, não acredito que será relevante pelos próximos 15 anos”, conclui o CEO.

Este é mais um sinal que a indústria acredita na capacidade da Embraer, mas não vê que um novo projeto da empresa vá conseguir algum mercado significativo, exceto se o novo avião seja disruptivo e inovador o suficiente, e isto naturalmente levará tempo e muitos recursos para ser desenvolvido.

 

 

 

Fonte: Aeroin