Oil & Gas

Dona do gasoduto projeta disparada do consumo em MS

O maior incremento na venda de gás natural previsto na chamada pública da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) vai ser em Mato Grosso do Sul. Com isso a MSGás pode ser a maior beneficiada. O edital de abertura do mercado, previsto para a partir do ano que vem, pressupõe um incremento de 2.330% na saída de gás natural no Estado a partir de 2022. O volume vai saltar dos 95 mil metros cúbicos/dia para 2,2 milhões de metros cúbicos/dia. Nos demais pontos de saída – ao todo são sete – em São Paulo, no Paraná e em Santa Catarina, o crescimento oscila entre 11% e 17%.

As informações contidas no documento definiram as etapas do processo de seleção das distribuidoras, que termina dia 20 de dezembro deste ano, para que assumam o serviço a partir de janeiro de 2020, quando se encerra o contrato da TBG com a Petrobras.

Na semana passada, 18 empresas foram consideradas aptas para disputar a venda de 17,358 milhões de metros cúbicos/dia a partir de 2022, um aumento de 24% em relação aos atuais 13,9 milhões de metros cúbicos/dia que são transportados pelo gasoduto. O objetivo do governo federal é reduzir o valor cobrado pelo gás natural das empresas e consumidores, para tanto vai ser adotado o processo de capacidade ofertada por região e o parâmetro para contratação são 20,817 milhões de metros cúbicos/dia.

Mesmo com a proposta de fazer a licitação por região e a abertura do serviço a várias empresas, a MSGás pode ser a maior beneficiada, já que atua no mercado sul-mato-grossense, onde haverá um salto na venda de gás natural.

Fertilizantes

A chamada pública prevê que a saída MS1 – localizada em Mato Grosso do Sul – terá direito a 95 mil metros cúbicos/dia no ano que vem, volume que vai para 106 mil metros cúbicos/dia em 2021. No ano seguinte, vai pular para 2,212 milhões de metros cúbicos/dia, subindo sete mil metros cúbicos em 2023 e mais um pouco em 2024, chegando a 2,221 milhões de metros cúbicos/dia. Um incremento de 2.330%.

Para 2022, está previsto o início das operações da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Três Lagoas, que deve absorver praticamente todo o aumento desta demanda. Ao contrário das outras indústrias, que usam o gás natural como fonte de energia, na fabricação de nitrogenados, como a ureia, por exemplo, o gás natural é matéria-prima.

O aumento é muito grande em relação ao que vai ocorrer em outras zonas. No SP1 (que fica no Estado de São Paulo), de 800 mil metros cúbicos/dia no ano que vem, o volume vai para 932 mil metros cúbicos/dia em 2024, aumento de 16,5%. Na região SP2, onde estará o maior volume de saída de gás natural, de 9,8 milhões de metros cúbicos/dia em 2020, o total vai para 10,9 milhões, volume 11,62% maior. Já na zona SP4, o aumento será de 12%, dos 1,173 milhão de metros cúbicos/dia para 1,320 milhão m³/dia. Na região SC1, em Santa Catarina, de 1,049 milhão de metros cúbicos/dia no próximo ano, o aumento será de 17,3%, chegando a 1,231 milhão m³/dia.

As 18 empresas habilitadas vão ter ainda de apresentar documentos que comprovem a capacidade técnica e financeira para assumirem o serviço a partir de janeiro. No dia 12 de novembro, será publicado o resultado apontando por qual o volume cada empresa ficará responsável.

Fonte: Correio do Estado (MS)

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