Governo de SP quer extinguir Dersa assim que obras do Rodoanel forem concluídas
O governo do estado de São Paulo quer extinguir a empresa estatal Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) assim que terminarem as obras do Rodoanel Norte e que forem concedidas à iniciativa privada as balsas do litoral paulista.
O projeto de lei para fusão e extinção da Dersa e de outras cinco empresas públicas foi encaminhado à Assembleia Legislativa pelo novo governador, João Doria Jr. Juntas, essas seis empresas foram responsáveis por um déficit de R$ 195 milhões em 2017.
O vice-governador, Rodrigo Garcia, que também é secretário de governo, detalhou os planos do governo, afirmando que, assim que as obras forem concluídas, “a Dersa deixará de existir”.
Agora, o governo do estado prepara uma nova licitação para as obras de três lotes do Rodoanel Norte. A Dersa, empresa pública responsável pela implantação do trecho, rompeu, em dezembro de 2018, os contratos com as construtoras que executavam os serviços dos trechos 1, 2 e 3 do Rodoanel Norte por incapacidade dessas empresas em dar continuidade às obras.
O Rodoanel Norte deveria ter ficado pronto em fevereiro de 2016, tendo, agora, três anos de atraso.
No dia 1º, Doria enviou para a Assembleia Legislativa um projeto de lei que permite ao Governo do Estado extinguir, fundir ou incorporar a Dersa, a Companhia de Processamento de Dados do Estado (Prodesp), Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS), Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa), Imprensa Oficial do Estado São Paulo (Imesp) e Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (Codasp). O texto prevê que CPOS, Emplasa e Codasp passarão por uma fusão e se tornarão uma única empresa. O conglomerado será administrado por Nelson Antonio de Souza, que até o final de 2017, presidiu a Caixa Econômica Federal.
O governo quer também juntar a Imprensa Oficial e a Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo) em uma única empresa. A fusão deve gerar, segundo o vice-governador, uma economia anual de R$ 30 milhões.
Fonte: G1