Fonte solar bate recordes no Brasil
Em 2021, as contratações cresceram 65% no território nacional. Levantamento inédito da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) aponta que 2021 foi um ano de novos recordes para o setor solar fotovoltaico no Brasil.
O segmento atraiu mais de R$ 21,8 bilhões em investimentos em 2021, incluindo as grandes usinas e os sistemas de geração em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O resultado representa um crescimento de 49% em relação aos investimentos acumulados até o final de 2020 no País.
De acordo com a entidade, os investimentos de 2021 criaram mais de 153 mil novos empregos no Brasil, espalhados por todas as regiões do território nacional. Desde 2012, a fonte solar fotovoltaica já movimentou mais de R$ 66,3 bilhões em negócios e gerou mais de 390 mil postos de trabalho. Em 2021, as contratações cresceram 65% em relação aos empregos acumulados até o final de 2020 no País.
Em termos de capacidade de geração de energia elétrica limpa e renovável, o Brasil possui atualmente 13 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte (geração centralizada) com os médios e pequenos sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos (geração distribuída), o que já representa quase a mesma potência instalada na usina hidrelétrica de Itaipu, a maior do Brasil e segunda maior do planeta. Segundo a ABSOLAR, o País saltou de 7,9 GW ao final de 2020 para 13 GW ao final de 2021, crescimento de 65%, mesmo em meio a um ano desafiador de pandemia global.
Em 2021, o mercado solar fotovoltaico proporcionou mais de R$ 5,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos, acréscimo de 52% em relação ao total arrecadado até o final de 2020 no País.
No segmento de geração centralizada, o Brasil possui 4,6 gigawatts (GW) de potência instalada em usinas solares fotovoltaicas, o equivalente a 2,4% da matriz elétrica do País. Em 2021, a solar continuou sendo uma das fontes mais competitivas entre as fontes renováveis nos Leilões de Energia Nova, com preços-médios abaixo dos US$ 30,90/MWh.
Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sexta maior fonte de geração do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins). Os investimentos acumulados deste segmento ultrapassam R$ 23,9 bilhões.
No segmento de geração distribuída, são 8,4 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a mais de R$ 42,4 bilhões em investimentos, R$ 10,6 bilhões em arrecadação e mais de 251 mil empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração própria no País, liderando com folga o segmento.
O Brasil possui mais de 720 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade a cerca de 900 mil unidades consumidoras. Ela está presente em todos os Estados brasileiros, sendo os 5 maiores em potência instalada, respectivamente: Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Santa Catarina.
Ao somar as capacidades instaladas das grandes usinas e da geração própria de energia solar, a fonte solar ocupa, agora, o quinto lugar na matriz elétrica brasileira. A fonte solar já ultrapassou a potência instalada de termelétricas movidas a petróleo e outros fósseis, que representam 9,1 GW da matriz elétrica brasileira.
“Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua com um mercado solar ainda pequeno e muito aquém de seu potencial. Há mais de 89 milhões de consumidores de energia elétrica no País, porém menos de 1% faz uso do sol para produzir eletricidade”, afirma Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.
Segundo o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, a energia solar terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil, inclusive ajudando na retomada sustentável da economia, por ser a fonte renovável que mais gera emprego e renda no mundo.
“A energia solar fotovoltaica reduz o custo de energia elétrica da população, aumenta a competitividade das empresas e desafoga o orçamento do poder público, beneficiando pequenos, médios e grandes consumidores do País. O setor solar fotovoltaico trabalha para acelerar a expansão renovável da matriz elétrica brasileira, a preços competitivos. Somos a fonte renovável mais barata do Brasil e ajudaremos o País a crescer com cada vez mais competitividade e sustentabilidade”, aponta Sauaia.
Fonte: Agrolink