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Floricultura brasileira conquista cada vez mais consumidores

Além de gostarem de receber flores, as mulheres também atuam em todas as etapas da floricultura brasileira. Elas estão presentes na produção, na comercialização, no marketing e em outras funções. Também são as principais consumidoras dos produtos, acrescenta Kees Schoenmaker, presidente do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor).

“As mulheres, por serem mais sensíveis e atentas, utilizam flores e plantas no cotidiano, inclusive nos locais de trabalho”, observa. O setor registra resultados positivos nos últimos anos, mesmo com a crise econômica e social enfrentada pelos brasileiros. A comercialização somou R$ 8,1 bilhões em 2018, com alta de 10% em comparação com o valor do ano anterior, de acordo com o levantamento do Ibraflor. Esse faturamento foi revisado pelo instituto e superou todos os anteriores. Conforme Schoenmaker, a expectativa era de que as vendas em geral tivessem aumento de 8% a 10% em 2019.

Segundo ele, a produção de flores, plantas de vaso, plantas e arbustos para jardins e parques foi bom em 2019, mas com alguns altos e baixos provocados pelo clima muito chuvoso, seco ou quente e pela economia nacional. “As vendas aumentaram em volume, mas a rentabilidade diminuiu com a redução dos preços praticados no mercado”, relata. O consumo per capita é de R$ 42,00. “O esperado é que a atividade continue indo bem, porque flores e plantas contribuem para o bem-estar e a felicidade das pessoas, reduzindo o estresse e o absentismo”, ressalta.

Uma das inovações constantes da floricultura é a ampliação do leque de produtos, com novas variedades, cores, formas e tamanhos. Mais de 2.500 espécies, com cerca de 17.500 variedades, são plantadas por 8.300 produtores de flores e plantas no Brasil. Além disso, melhorou a logística, que usa cada vez mais a “cadeia de frio” para conservar as plantas. O presidente do Ibraflor comenta que ocorrem muitas perdas de produtos vendidos nos supermercados por falta de cuidados com as plantas.

A área destinada ao cultivo no País é de 15.600 hectares. O tamanho médio das lavouras plantadas pelos produtores é de 1,9 hectare. A floricultura responde por 209 mil empregos diretos, dos quais 81 mil são relativos à produção, 9 mil à distribuição, 112 mil ao varejo e 7 mil em outras funções. O ciclo de produção varia muito de uma espécie para outra. Pode ser de três meses de duração e de até dois anos ou mais. O plantio de plantas em vasos e flores de corte ocorre durante o ano todo. A exceção são as plantas perenes.

O Estado de São Paulo é o maior produtor de flores e plantas em vasos. Também é o maior consumidor e o que mais emprega trabalhadores familiares. É seguido pelos estados de Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No entanto, a produção das espécies ocorre em todos os estados. As flores mais cultivadas são rosas, crisântemos, alstroemerias, lírios e lisianthus. As mais plantadas em vasos são orquídeas, kalanchoe, crisântemos e anthurium.

FLORES NO MUNDO

A exportação brasileira de flores e ornamentais é muito pequena. Representou 1% em 2018, segundo Cees Schoenmaker. Ele destaca que o País voltou a exportar arbustos para a Espanha, mas com dificuldade, devido às exigências fitosanitárias. A produção brasileira está entre as 15 maiores do mundo. “Vamos avançar neste ranking na medida em que o PIB e o consumo per capita aumentarem. Só assim teremos potencial para estarmos entre os 10 maiores”, analisa. Os maiores produtores são Índia, China, União Europeia, Estados Unidos, Japão e México. As exportações são dominadas por Holanda, Colômbia, Equador, Quênia e Etiópia. Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, Holanda e França são os principais importadores.

Fonte: AgroLink

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