Exportação de produtos industrializados made in Ceará subiu para 86,94% em 22 anos
O Ceará ampliou a participação de produtos industrializados em sua matriz de exportação em 22 anos. É o que revela o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) no estudo Principais Mudanças Ocorridas no Comércio Exterior Cearense por Fator Agregado Entre os Anos de 1997 e 2019.
“É possível notar que ao longo dos anos a participação dos produtos industrializados na pauta de exportações cearenses aumentou bastante saindo de 46,90%, em 1997, para 86,94%, em 2019, ou seja, um ganho de 40,05 pontos percentuais na comparação dos dois anos. Enquanto isso, a participação dos produtos básicos caiu significativamente saindo de 51,74%, em 1997, para apenas 13,04%, em 2019”, destaca o relatório.
Os produtos básicos, explica o Ipece, são formados por itens de baixo valor agregado, cadeia produtiva simples e que sofre poucas transformações em sua venda. Os destaques de 2019 foram castanha de caju, fresca ou seca, sem casca (US$ 98,98 milhões ou 33,51%); Melões frescos (US$ 41,47 milhões ou 14,04%); outras lagostas congeladas, exceto as inteiras (US$ 40,34 milhões ou 13,66%). Os industrializados são divididos em manufaturados e semimanufaturados.
Com relação aos produtos manufaturados exportados, encabeçaram a lista no ano passado partes de outros motores/geradores/grupos eletrogeradores (US$ 174,57 milhões ou 26,79%); calçados de borracha ou plásticos, com parte superior em tiras ou correias, fixados à sola por pregos, tachas, pinos e semelhantes (US$ 79,08 milhões ou 12,14%); outros calçados cobrindo o tornozelo, parte superior de borracha, plástico (US$ 66,08 milhões ou 10,14%); Outros calçados sola exterior borracha/plástico, de couro/natural (US$ 40,22 milhões; 6,17%); e água de coco (cocos nucifera), totalizando US$ 33,75 milhões (cerca de 5%). A participação conjunta destes cinco produtos no total dos produtos manufaturados, aumentou de 13,12%, em 1997, para 60,42%, em 2019.
Já os cinco principais produtos semimanufaturados exportados cearenses, de acordo com o trabalho, foram itens de ferro ou aço não ligado, de seção transversal retangular, que contenham, em peso, menos de 0,25% de carbono; produtos semimanufaturados, de outras ligas de aços; produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado, que contenham, em peso, 0,25% ou mais de carbono; ceras vegetais; e outros couros e peles inteiros, de bovinos (incluindo os búfalos), divididos, com o lado flor.
A participação conjunta dos cinco produtos no total dos produtos semimanufaturados aumentou de 69,87%, em 1997, para 97,85%, em 2019.
Fonte: Focus