Exportação de milho via Porto de Paranaguá cresce 503%
O ano ainda nem terminou, mas o volume de milho exportado pelo Porto de Paranaguá já supera os registros dos últimos cinco anos fechados. Em 2019, de janeiro a novembro, passa das 5,49 milhões de toneladas do grão. Isso representa seis vezes mais milho do que o embarcado ano passado – cerca de 911,3 mil toneladas. Um aumento de 503%.
“Este é o maior volume de milho já exportado pelos Portos do Paraná. Se pegarmos as estatísticas dos últimos cinco anos, da movimentação do produto, a média fica na casa das três milhões de toneladas”, afirma o presidente da empresa Pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Segundo ele, com certeza o desempenho nas lavouras do Brasil e de países como os Estados Unidos (também exportador da commodity), o rendimento das safras, os preços, o valor do dólar e a demanda do mercado influenciam na movimentação dos terminais paranaense. Porém, as regras, a gestão e o empenho da autoridade portuária em trabalhar junto com os operadores e clientes, também colaboram para esse desempenho
“As nossas regras são claras, transparentes e bem definidas. A gestão dos sistemas que nos ajudam a organizar essa movimentação da chegada dos caminhões e vagões, a descarga nos terminais até o embarque dos navios também garante agilidade e eficiência. A produtividade maior é resultado desse trabalho”, pontua Garcia.
Os sistemas aos quais se refere o presidente são o AppaWeb – especificamente o módulo Line-up, que auxilia na programação dos navios – e o Carga Online que ajuda na logística de recebimento das cargas. Trabalhando de maneira integrada, os sistemas seguem uma lógica.
“Só chamamos o caminhão ou vagão para descarregar os grãos e farelo para exportação, quando já tem um navio programado e liberado para receber a carga. O ciclo é ordenado. Além de evitar as filas, garante o giro e a qualidade dos produtos embarcados por aqui, já que não ficam muito tempo em estoque”, explica.
MILHO – O produto exportado por Paranaguá, de janeiro a novembro, este ano, chegou aos terminais em 90.827 caminhões e 31.797 vagões na proporção de 63,4% pelo modal rodoviário e 36,6% pela ferrovia. Cerca de 90% do milho descarregado no porto paranaense têm origem no Estado. O restante vem de Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Espírito Santo.
A principal cidade paranaense de origem do grão exportado pelo Porto de Paranaguá é Maringá, no Norte do Estado. O milho que veio de lá chegou, principalmente de vagão. Pelos trilhos foi mais de 1,19 milhão de toneladas que chegaram em 20.059 vagões. Pela rodovia, foram pouco mais de 176,5 mil toneladas em 4.840 caminhões.
ESTRUTURA – No Porto de Paranaguá, o milho foi exportado por cinco berços: além dos três do Corredor de Exportação (berços 212, 213 e 214), o produto também encheu os porões dos navios nos berços à oeste do cais: 201 e 204.
Mais de 92% do volume de milho exportado por Paranaguá, de janeiro a novembro saíram do Corredor de Exportação.
GRANÉIS – No total dos Granéis Sólidos de Exportação, foram mais de 20,8 milhões de toneladas de produtos exportados pelos Portos do Paraná, de janeiro a novembro de 2019. O volume é 1% maior que as 20,55 milhões de toneladas exportados em 2018, no mesmo período.
Além do milho, entram nesse segmento, a soja (10,5 milhões de toneladas exportadas em 2019), o farelo de soja (4,79 milhões de toneladas) e um volume pequeno de trigo (16 mil toneladas).
Somados no volume de farelo de soja exportados pelos Portos do Paraná, estão as quase 42,9 mil toneladas de farelo de soja não transgênica exportadas pelo Porto de Antonina.
O volume de açúcar exportado a granel, pelo Porto de Paranaguá, não está somado a este total. Do produto, em 2019, foram mais de 2,43 milhões de toneladas exportadas de janeiro a novembro.
Volume de milho exportado nos últimos 5 anos
2019 (até novembro) – 5,49 milhões
2018 – 1,1 milhão
2017 – 3,5 milhões
2016 – 2,5 milhões
2015 – 4,1 milhões
2014 – 4,2 milhões
Fonte: APPA