Estaleiro Samsung é desclassificado e Petrobrás aponta para dois possíveis construtores dos FPSOsP-78 e P-79: Keppel e Daewoo
A Petrobrás já escolheu os dois vencedores da licitação para construir as plataformas P-78 e P-79, que ficarão no Campo de Búzios. Ao desclassificar o Estaleiro Samsung Heavy Industries, que estava em consórcio com a brasileira EBR, apontou os dois prováveis vencedores: Keppel Shipyard, de Cingapura, em consórcio com a Coreana Hyndai; e a outra gigante coreana Daewoo ShipBulding, em consórcio com a italiana Saipem. Confirmando a palavra do Presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, as duas plataformas, a exemplo da Plataforma de Mero 3, também serão construídas no exterior. Para as empresas brasileiras, apenas 25% de conteúdo local e passe a mão no toco.
Ainda não se pode bater o martelo definitivamente sobre o vencedor. E a razão é a própria complexidade do edital de licitação. O primeiro vencedor, no caso a Keppel/Hyndai, pode ficar também com o segundo FPSO, se der 8% de desconto sobre o preço que apresentou. Neste caso, o consórcio ficaria com os dois FPSOs. Um sendo construído em Cingapura e o outro na Coreia do Sul, provavelmente. Os 25% dos serviços e a integração final, seriam feitos na Brasfels, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
No caso da Keppel/Hyndai não optar por ficar com o segundo FPSO, o que o mercado aponta como um altíssimo risco, o vencedor seria o consórcio Daewoo/Saipem. Neste caso, a integração e a construção de alguns módulos estariam sendo disputados pelos Estaleiros Enseada, na Bahia, e pela Ecovix, em Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Essas informações no entanto, são apenas especulações do mercado, mas com um elevado grau de acerto.
Para lembrar, esses foram os preços finais apresentados pelos concorrentes:
1º Keppel (Hyndai) – R$ 12.521.821.104,00
2º Daewoo – R$ 14.107.992.912,00
3º Samsung – R$ 15.146.522.280,35
A construção desses dois FPSOs traz os desafios de serem em formato Turn Key. As empresas coreanas pegarão a engenharia da Petrobrás e executarão apenas o projeto. Nas outras licitações tinham o design e a engenharia das empresas que concorriam. O grande risco da construção reside na forma com a Petrobrás elaborou o edital, os mesmo usados nos projetos da Cessão Onerosa e dos Replicantes, projetos em que as empresas que se envolveram perderam muito dinheiro.
E não foi por causa das performances, mas pelas de mudanças constantes na engenharia e no projeto feitos pela Petrobrás que, aí sim, comprometeram as performances das empresas que estavam participando. Foram muitas mudanças na engenharia e no design. As empresas compravam os equipamentos especificados e os projetos eram modificados. Prejuízo garantido. Desta vez nada garante que isso também não acontecerá de novo.
Fonte: Petro Notícias