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Essencial, mas substituível: como economistas veem situação de Guedes

Os rumos que as políticas sociais e fiscais vem tomando no governo Bolsonaro esbarram com frequência numa pergunta ainda sem resposta: o ministro da Economia, Paulo Guedes, sai ou fica?

Para além das dificuldades que Guedes deve ter tido para deixar de lado sua cartilha liberal em meio à pandemia, o grande desafio que se impõe é a falta de harmonia com algo que talvez seja o “novo normal” dentro do governo.

O ministro vem perdendo força dentro de seu ministério, enquanto outras pastas, como é o caso da liderada pelo ministro do desenvolvimento, Rogério Marinho, ganharam mais importância, na avaliação de Álvaro Frasson, economista do BTG Pactual digital:

“Guedes ainda é um nome forte, mas seu status saiu de insubstituível para talvez substituível. O próprio presidente já combate algumas de suas ideias”, diz o economista no primeiro episódio do Questão Macro, novo programa da Exame Research.

Os rumos que as políticas sociais e fiscais vem tomando no governo Bolsonaro esbarram com frequência numa pergunta ainda sem resposta: o ministro da Economia, Paulo Guedes, sai ou fica?

“Ha uma semana, essa dúvida parecia ter sido resolvida, agora, volta a aparecer. Então, a probabilidade de ele não ficar até o fim existe. Mas por quanto tempo? As discussões sobre orçamento só devem piorar no ano que vem”, diz Arthur Mota, economista da casa de análise.

O nome do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de quem o mercado gosta, foi aventado como possível substituto do posto Ipiranga de Bolsonaro nos últimos dias para testar a reação dos agentes, segundo ele. Neto chegou a se posicionar, dizendo que não havia recebido convite algum.

No entanto, o movimento provou um ponto: “O mercado trata o Guedes como essencial, mas não indispensável”, diz Frasson.

Os especialistas farão parte do Questão Macro todas as quartas-feiras, ao lado da jornalista Fabiane Stefano. As conversas são transmitidas ao vivo pelo Youtube, às 13h30.

Os desentendimentos dento do governo começaram a vir a tona em abril, quando uma versão inicial do Pró-Brasil, plano do governo para a retomada da economia, foi apresentado.

O pacote era todo voltado a obras de infraestrutura, respeitando a visão de uma ala governista a favor de estimular o crescimento a partir de gastos públicos. Guedes chegou a dizer queo projeto lembrava o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado durante a gestão Dilma Rousseff.

 

 

Fonte: Exame

 

 

 

 

 

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