Espanha renova licença da central nuclear de Almaraz, mas ainda aposta apenas em fontes renováveis em 2035
O Ministério da Transição Ecológica espanhol renovou a licença de exploração para os Grupos I e II da central de Almaraz, em Cáceres, situada a cerca de 100 quilômetros da fronteira portuguesa. No caso do Grupo I de Almaraz, a licença de exploração é prorrogada até 01 de novembro de 2027, e no caso do Grupo II até 31 de outubro de 2028. Essa renovação foi pedida pela Iberdrola, Endesa e Naturgy, que exploram a energia gerada pela central nuclear. O Ministério também autorizou renovara licença para a central de Vandellós II, em Tarragona.
A autorização para a central de Vandellós II foi prorrogada por um período de 10 anos a partir de 26 de julho deste ano, expirando em 2030, embora possa ser solicitada uma nova autorização de duração mais curta, uma vez que de acordo com o calendário acordado entre a Empresa Nacional de Gestão de Resíduos Radioativos (Enresa) e as empresas proprietárias da central poderá continuar a funcionar até 2035. A renovação para Vandellós foi solicitada pela Endesa e pela Iberdrola, empresas que exploram a instalação. Todas as autorizações foram concedidas depois um relatório favorável do Conselho de Segurança Nuclear (CSN).
Os períodos de renovação autorizados correspondem ao que foi acordado no protocolo de intenções assinado pela Enresa em 2019 com os proprietários das centrais nucleares que operam na Espanha. Há um acordo preliminar para o encerramento gradual do parque nuclear espanhol entre 2027 e 2035. Este protocolo tem em conta as previsões do Plano Nacional Integrado de Energia e Clima 2021-2030, que o Governo espanhol apresentou às autoridades da União Europeia e segundo o qual, até 2030, 74% do sistema elétrico espanhol será abastecido por energias renováveis. A Espanha, com isso, está trocando a geração limpa de energia, por renováveis e intermitentes. Como a Alemanha, poderá sofrer com a alta dos preços e a falta de energia firme em seu portfólio.
Fonte: Petro Notícias