Oil & Gas

Equatorial pode iniciar operação parcial de projetos de transmissão em 2019, diz CFO

A Equatorial Energia pode iniciar parcialmente as operações de seus primeiros projetos no setor de transmissão já no próximo ano, bem à frente do cronograma original, que prevê conclusão no início de 2022, disse à Reuters o diretor financeiro da companhia, Eduardo Haiama.

A empresa, que opera distribuidoras de eletricidade e tem operações em geração e comercialização, passou a disputar leilões para concessões de transmissão em 2016, e desde então já montou uma carteira com oito projetos no setor que demandarão investimentos totais de quase 5 bilhões de reais.

Desses, dois já tiveram as obras civis iniciadas, enquanto outros três obtiveram recentemente licença ambiental de instalação e poderão começar a ser implementados brevemente.

“Esses que já estão em obra eventualmente a gente já pode ter receita em 2019 ou no início de 2020… eles têm o que a gente chama de RAP (receita anual permitida) parcial, então conforme você vai acabando alguns trechos já passa a ter receita”, explicou Haiama.

“Ainda é baixa, vai ser uma receita parcial… mas já de fato começa a ser tornar uma realidade”, adicionou.

Segundo ele, a Equatorial trabalhou desde o começo com uma expectativa de antecipar a conclusão de seus empreendimentos de transmissão, mas essa perspectiva começa a ficar cada vez mais concreta, conforme são liberadas licenças ambientais das linhas.

“Esses outros três em que a gente acabou de receber a licença, se conseguirem de fato começar as obras nas próximas semanas, são lotes que o período de obra não deve durar dois anos, se não tiver nenhum problema durante a obra”, apontou.

Esses empreendimentos precisam começar as operações em fevereiro de 2022, de acordo com o contrato assinado após as licitações.

“Lá atrás, quando a gente entrou nos leilões, a gente esperava antecipar as obras em pelo menos um ano, na média, e vou dizer que isso está cada vez mais certo, porque as licenças de instalação estão saindo”, disse.

Quando todos os projetos estiverem operacionais, os negócios em transmissão adicionarão uma receita anual de quase 1 bilhão de reais à Equatorial. A receita líquida da companhia em 2017 foi de 9 bilhões de reais.

As linhas de transmissão também são um investimento bastante atraente para a empresa devido à elevada margem Ebitda prevista, na faixa de 90 por cento.

“Dá para ser um veículo importante para a empresa… Apesar de ainda incipiente hoje em dia, é uma empresa de transmissão, é um dos segmentos em que de fato temos que focar”, afirmou Haiama.

OLHO NA ELETROBRAS
A Equatorial Energia avalia que a privatização da distribuidora de energia da Eletrobras no Amazonas ainda levanta incertezas que precisam ser mitigadas para atrair interessados, principalmente após um projeto de lei que solucionava passivos bilionários da estatal ser rejeitado no Senado.

“Nas condições atuais vou dizer que é bem complicado para a gente estar participando. A gente vê que tem saído no noticiário que o governo está buscando uma forma para viabilizar ainda este ano, mas do nosso lado é um movimento que a gente tem que tomar muito cuidado”, afirmou o diretor financeiro da companhia, Eduardo Haiama.

“Tem várias pontas que são complexas, que têm que estar muito bem endereçadas para a gente estar confortável com o patamar de risco que a gente pode estar assumindo ou não”, acrescentou ele, em teleconferência, após pergunta de um analista.

Fonte: Reuters

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