Entidades empresariais de mais de 70% do comércio mundial se unem pela reforma da OMC
A crise na Organização Mundial do Comércio (OMC) acendeu o sinal vermelho nas associações empresariais de Argentina, Brasil, Estados Unidos, Europa e México. Após reunião da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo, as entidades decidiram encaminhar a seus governos um comunicado em que pedem trabalho conjunto para modernizar e reformar a Organização Mundial do Comércio (OMC) rapidamente. A organização é considerada “a única maneira de garantir as regras e a previsibilidade necessária para o crescimento econômico e de investimentos globais”. Tais entidades representam empresas que movimentam mais de 70% do comércio do mundo. No entanto, a participação já foi maior, mas fatores como o capitalismo de estado da China, a guerra comercial iniciada pelo governo americano, o crescente protecionismo e o aumento das barreiras tiveram impacto negativo nas trocas mundiais.
O setor privado dessas economias avaliam que a OMC enfrenta sérios desafios como o esvaziamento da função de solução de controvérsias, uma espécie de “tribunal de apelação”, que corre o risco de chegar ao fim deste ano com apenas um dos três árbitros trabalhando; o marco legal existente não trata de comércio digital ou da presença de empresas controladas pelo Estado no comércio exterior; e o processo de tomada de decisão, que ocorre sempre por unanimidade entre os 164 membros.
Fonte: CNI