Empresa Portos do Paraná discute a integração de modais
Referência no modal hidroviário, a empresa pública Portos do Paraná participou do I Seminário Infraestrutura Paraná com duas palestras sobre o setor portuário, nesta quarta-feira (6), no auditório da Celepar, em Curitiba. Organizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), Rede de Desenvolvimento de Pessoas do Paraná e Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o evento reúne representantes de todas as matrizes modais.
Segundo a organização, a ideia do encontro, que termina nesta quinta-feira (07), é promover o pensamento sistêmico sobre infraestrutura no Estado, considerando não apenas o que já existe, mas também projetos futuros, pensando pela integração entre os transportes rodoviário, ferroviário e o hidroviário.
Para o chefe do Departamento de Planejamento (Deplan) da empresa Portos do Paraná, Carlos Eidam de Assis, essa integração é necessária e a empresa pública tem discutido os problemas enfrentados e buscado soluções nas diversas áreas organizadas da sociedade. “É essencial a participação da Portos do Paraná num evento que discute a infraestrutura, haja vista o porto ser a área de escoamento para a exportação de boa parte da produção nacional”, destaca.
Como palestrante no Simpósio, sob o tema Simulação Computacional Aplicada ao Modal Hidroviário, Eidam destacou como a empresa está se preparando para o futuro. “Um dos exemplos é o repotenciamento do corredor de exportação, que é uma obra que não atende apenas os próximos cinco, dez anos, mas para poder atender as demandas futuras daqui a 40, 50 anos”, explica o chefe do Deplan.
MEIO AMBIENTE – Não basta apenas transportar, é preciso ser eficiente e ainda preservar o meio ambiente. “Temos programas ambientais, os monitoramentos, planos de atendimento de emergência, conforme as nossas licenças ambientais”, diz Rafal Cabreira, da Diretoria do Meio Ambiente, que palestrou sobre o Desafio Moderno para o Modal Hidroviário.
Ele acrescenta que isso, no entanto, atende às exigências de hoje. A partir do ano que vem, a Portos do Paraná terá mais alguns desafios. “Temos novas legislações, novos tratados internacionais que passam a ter vigência em 2020 e uma delas é sobre a questão da redução do óxido de enxofre no combustível do óleo do navio”.
A empresa também trabalhará com as comunidades no entorno da Baía de Paranaguá para que a atividade comercial ocorra com equilíbrio e em harmonia com a natureza.
ENGAJAMENTO – “Os diferentes tipos de transporte é algo crítico hoje no Brasil e a gente precisa ter essa troca de informação, experiências, pesquisas, projetos”, avalia o engenheiro civil e professor doutor Ricardo Mendes Junior, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), mediador dos debates. Na visão dele, esse tipo de encontro precisa ser permanente. “Até porque as demandas são dinâmicas e isso precisa ser um fórum permanente, também é um aprendizado”, aponta.
Ele destaca a participação da Portos do Paraná, que se apresentou a uma plateia formada por servidores de Instituições Públicas com a atuação direta ou indiretamente correlacionadas à infraestrutura e alunos acadêmicos de cursos ligados à área. “Dentro dessa integração modal, o porto talvez seja a parte mais importante porque é por onde escoa tudo no Paraná e não é um agente isolado”.
Fonte: APPA