A Bloomberg informa nesta segunda-feira, 31 de agosto, que teve acesso a um documento referente a um prospecto de títulos da companhia aérea Emirates, revelando que o governo dos Emirados Árabes Unidos injetou 7,3 bilhões de dirhams (R$ 10,9 bilhões) desde março.
O país árabe havia comentado no começo da pandemia que auxiliaria as companhias aéreas conforme a necessidade, de acordo com evolução da situação mundial, mas até hoje não existiam informações oficiais sobre algum aporte realizado.
Até 2019, a Emirates reportava que obtinha lucros operacionais por 32 anos seguidos com seu bem-sucedido modelo de serviço de alto padrão ligando todos os cantos do mundo ao bem localizado hub de Dubai.
Porém, foi exatamente este modelo de negócios, baseado majoritariamente em voos internacionais com frota de aviões exclusivamente de grande porte, que colocou a companhia em uma situação crítica em meio à crise aérea, uma vez que as rotas internacionais foram muito mais impactadas do que as domésticas.
O governo dos Emiratos Árabes decidiu suspender por completo as operações aéreas no país durante o pior período da pandemia, fazendo com que a companhia aérea ficasse sem condições de arcar com os altos custos de manter preservada sua frota, composta por mais de 100 unidades do enorme Airbus A380, além dos cerca de 150 Boeings 777-200, -300 e -F.
Fonte: Aeroin
