Em ascensão, mercado de nozes e castanhas e seus benefícios norteiam encontro na Fiesp
O Brasil exportou 21 mil toneladas de nozes e castanhas em 2018, com receita de US$ 190 milhões. Em relação a igual período de 2017, os embarques aumentaram 41% em volume e cresceram 78% em volume de receita. Os números são da Associação Brasileira de Nozes, Castanhas e Frutas Secas (ABNC). Um panorama do mercado nacional de produção de nuts e de que forma a assinatura do acordo entre os países que formam o Mercosul e a União Europeia irá impactar o setor foram alguns dos principais temas apresentados durante o VIII Encontro Brasileiro de Nozes e Castanhas, realizado pela Fiesp.
A evolução da funcionalidade desses alimentos, além dos benefícios à saúde de quem os consome, ou seja, o perfil nutricional de cada item, também ganharam relevância na discussão que reuniu produtores de nozes e castanhas, médicos e representantes da indústria e de associações que atuam na área.
José Eduardo Mendes de Camargo, vice-presidente da Fiesp e diretor titular da Divisão de Nozes e Castanhas do Departamento do Agronegócio (Deagro), afirmou que um dos objetivos foi proporcionar aos profissionais que integram a cadeia produtiva das nuts o conhecimento sobre os principais entraves que impedem o crescimento da produção e estímulo das exportações brasileiras. “É importante conhecermos bem os principais desafios, como, por exemplo, os detalhes dos tratados internacionais. Estamos realizando um levantamento junto aos países para entender quais são as barreiras que existem para o nosso produto ganhar cada vez mais mercado. Não basta termos a qualidade, precisamos estar unidos para superarmos as barreiras de expansão”, explicou.
O diretor titular do departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Thomaz Zanotto, explicou o Acordo entre os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e da União Europeia (UE), que deve permitir aumentar consideravelmente os intercâmbios comerciais entre as duas regiões, alavancando o mercado de nozes e castanhas do País.
Ainda de acordo com Zanotto, o tratado foi anunciado em 28 de junho deste ano e encontra-se na fase de revisão legal, devendo levar mais seis meses nesta fase e depois será traduzido para 28 línguas. “A previsão é de que em 2 anos e meio essa nova política comercial comece a ser colocada em prática. No entanto, acredito que a tendência é que o interesse pelos produtos brasileiros cresça mesmo antes de o tratado entrar em vigor, Ama vez que haja a tendência de aprovação desse Acordo é natural que a troca entre os dois mercados aponte um crescimento”, disse.
Também participaram do VIII Encontro Brasileiro de Nozes e Castanhas profissionais de uma rede internacional de supermercados, representantes de empresas das nuts do País, que apresentaram o perfil de venda de nozes e castanhas dos consumidores do produto brasileiro. O geriatra e reitor da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI), Euler Ribeiro, fez uma palestra sobre a importância da ingestão das castanhas para saúde, a preservação dos biomas e como o produto é fonte de renda para quem vive de seu cultivo.
Fonte: FIESP